Mulher denuncia agressão do ex através das redes sociais em Araçariguama

Uma moradora de Araçariguama utilizou sua conta do Facebook para denunciar uma agressão que teria sofrido do seu ex-marido. Jackeline Mota, de 31 anos, postou em seu perfil no Facebook uma foto em que aparece com o rosto ensanguentado e onde alega que teve o nariz quebrado pelo ex-companheiro, porque estaria se relacionando com outra pessoa.

“Cansei de me calar ,estou aqui na UBS pra quem quiser ver , meu ex marido acaba de quebrar meu nariz, pq eu arrumei um namorado, detalhe fez isso na frente dos filhos”, informou na postagem.

A mulher também relata que teria sofrido maus tratos durante seus 11 anos de casada com o marido, porém que teria cansado de sofrer calada.  A postagem foi amplamente veiculada através da rede social, atraindo a atenção de centenas de pessoas que se compadeceram da situação de Jackeline, que aproveitou para divulgar detalhes sobre a relação abusiva e orientar outras mulheres que passam pela mesma situação. Após passar pela Unidade de Pronto Atendimento de Araçariguama, onde recebeu os primeiros tratamentos. Jackeline foi transferida para Sorocaba. O Jornal da Economia entrou em contato com a Delegacia de Araçariguama e embora detalhes não possam ser divulgados sobre o caso, um Boletim de Ocorrência já foi registado na delegacia e um inquérito foi instaurado para averiguar o caso.
  Infelizmente a situação de Jackeline reflete uma triste realidade brasileira. Segundo o Relógio da Violência, do Instituto Maria da Penha, a cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil, um dado triste para um país que possui uma das leis mais eficazes no âmbito da violência contra a mulher.

A Lei Maria da penha completa 12 anos neste mês, mas apesar de ser internacionalmente reconhecida por sua importância, todos os anos milhares de mulheres são vítimas de diversos tipos de violência.

Como Jackeline disse em seu depoimento, é importante que as vítimas de violência não se omitam diante de uma agressão e denunciem através da Delegacia da Mulher mais próxima de sua cidade ou através do telefone 180, na Central de Atendimento à Mulher.