Impacto em 2017 e expectativas para a Black Friday em 2018

A Black Friday, que surgiu nos Estados Unidos em meados dos anos sessenta como uma gíria policial para a primeira sexta-feira de compras após o feriado de Ação de Graças, hoje é considerada um evento de comércio mundial. Responsável por grande movimentação de dinheiro, serviços e mercadorias em um único dia ao redor do globo, seu impacto em 2017 não foi pequeno.
 
As estatísticas trazidas pelo site estrangeiro The Balance, as vendas aumentaram 18% do ano anterior para aquele, movimentando 7,9 bilhões de dólares. A plataforma ainda traz o dado de aumento de 3,5% anualmente nos últimos dez anos.
 
De acordo com pesquisas realizadas pela Folha de São Paulo no referido ano, a promoção do fim de novembro teve uma previsão de aumento de 15% a 16% nas vendas online e 8% nas lojas físicas, mas em alguns estabelecimentos esses números foram muito superiores.
 
Diretores de marketing de grandes redes de empresas, como o Extra, declararam que normalmente o resultado excede o de 10 sextas-feiras comuns. Situação diferente não é esperada, nem, de fato, ocorre com o setor de vestuário de departamento, cujos estoques esgotam em questão de horas.

Diante desses números, não é à toa que os comerciantes se preparam o ano inteiro para abarcar a demanda desse dia. Afinal, não basta manter o intenso fluxo quantitativo de mercadoria, tem de se preservar a sua qualidade e a do serviço prestacional.
 
Embora as vantagens sejam claras para os empreendedores, eles não são os únicos beneficiários do conhecido “feriado”. Os consumidores, destinatários das propostas e dos produtos vendidos, aproveitam-se dos preços baixos para adiantar as compras de natal por um melhor custo-benefício.
As principais aquisições tanto em 2017, quanto nos anos anteriores, foram de itens eletrônicos e seus similares, a exemplo de celulares, computadores, televisões e videogames. Isto, porque os descontos são enormes nessa categoria de mercadorias.
 
Outra grande surpresa, que evidenciou como o evento de promoções afetou o mercado à época, veio dos tipos diferentes de negócios que aderiram às ofertas, desde artigos geeks colecionáveis a motéis. Aliás, a Black Friday influenciou não só na vendagem de itens para humanos, mas também no mercado de animais.
 
Esse último segmento, inclusive, ficou famoso pelos descontos em produtos alimentícios, medicamentos e acessórios para animais. Algumas lojas reduziram seus preços de 30% a 50%, outras, optaram por estabelecer uma política de compra casada, na qual levando 3 produtos, pagava-se por 2. Perspectivas para a Black Friday de 2018 A Black Friday de 2018 está agendada para o dia 23 de novembro, o dia seguinte ao americano Thanksgiving, e diversas empresas já confirmaram sua participação no evento. Podem ser citadas: Magazine Luiza, Casas Bahia, Saraiva, Riachuelo, Americanas, Renner, C&A e a Sephora.
 
Como acontece todo ano, é de se esperar a ocorrência de propostas antecipadas, por vezes melhores que as do fatídico dia. Livrarias, a exemplo da Amazon, são famosas por esse tipo de estratégia, as quais conduzem a um lucro superior ao costumeiramente esperado para o período.
 
No que tange os tradicionais segmentos de compra e venda, não se deve esperar um retorno inferior aos dos anos anteriores. A Tech Advisor, corporativa britânica dedicada a analisar produtos e ofertas do mundo eletrônico, dispôs-se a listar as melhores lojas para se comprar esses produtos.
 
Em relação aos mercados de menor procura, como o de pets, empresários já iniciaram a análise de estratégias de vendas para o ano de 2018. Sites especializados indicam a seleção de marcas antes de incidir os descontos e o consequente estocagem deles, pois este tem sido o problema dos pet shops no evento de compras citado.
De um modo geral, as perspectivas para o dia da “sexta-feira negra”, seguindo as proporções obtidas nas edições passadas, é de aumento nacional e internacionalmente. No Brasil, frente à crescente popularidade do feriado, a expectativa é de um sucesso sem precedentes em todas as categorias.