14/03/2014 às 10h46min - Atualizada em 14/03/2014 às 10h46min

Ciclista Fabio Angiolucci estreia em território nacional conquistando 2º lugar na taça Brasil de XCO

Confira a entrevista feita pelo Jornal da Economia, onde o atleta fala sobre sua profissão e sua trajetória

O ciclista são-roquense Fabio Angiolucci começou o ano de competições com o pé direito, conseguindo uma excelente conquista, ficando em 2º lugar da categoria Masters, na Taça Brasil de XCO, realizada no dia 9 de março, em Campo Largo, Paraná.

A competição marcou a estreia de Fabio em disputas no território brasileiro. O ciclista teve longa carreira na Europa, precisamente em Portugal, e agora voltou ao Brasil para dar continuidade a sua vida de atleta e ir em busca de mais títulos.

Fabio corre pela marca de bicicleta Niner Brasil, empresa que cedeu total apoio e patrocínio a Fabio, inclusive presenteando o atleta com a bicicleta AIR 9 RDO, com a excelente sofisticação das rodas 29.

O ciclista visitou o Jornal da Economia durante esta semana e, para aproximar Fábio dos fãs de Mountain Bike, realizamos um bate papo com o rapaz. Confira abaixo, na íntegra, a conversa com Fábio Angiolucci.

JE: Para começar, uma pergunta um tanto “clichê”, mas que irá aproximar você dos fãs e dos apaixonados por ciclismo. O que significa Mountain Bike em sua vida?

Fabio: O MTB é uma "Faculdade da Vida”, onde temos que ser extremamente disciplinados no que diz respeito a parte nutricional e fisiológica do corpo, saber como, onde treinar e o descanso, que é uma peça fundamental e exigente. Saber tirar o "acúmulo" de ácido lático do corpo pode ser a peça fundamental para um esporte tão exigente.

JE: Quando você descobriu que queria competir?

Fabio: Desde os meus 12 anos de idade fui me apaixonando pelo esporte, onde pretendo continuar em largos e bons anos.

JE: Após tanto tempo na Europa, como foi participar de uma competição aqui no Brasil?

Fabio: Foi arrepiante, não sabia como seria, e começar com essa excelente prestação que fiz, foi surpreendente e motivante. E ainda começando logo na Taça Brasil, no mais alto nível competitivo, simplesmente um sonho.

JE: Você disse que chegou a cair nesta última prova? Quais os maiores riscos deste esporte? Você já presenciou algum acidente muito grave em alguma competição?

Fabio: Eu tive uma queda quando liderava. Estava indo para a última parte da prova. Recuperei bem e segui. Há sempre algum risco, mas tentar não lesionar é o mais importante. Sim já vi algumas quedas feias, mas temos que estar sempre preparados.

JE: Quando você caiu, você imaginava que ainda conseguiria alcançar o segundo lugar? Passou pela sua cabeça desistir da competição após a queda?

Fabio: Logo que caí, levantei e continuei dando melhor de mim. Tive uma pequena quebra de ritmo e uma corrente solta, mas continuei e de maneira alguma desisti.

JE: Você disse que essa disputa foi realizada no Paraná. Como é viajar para diversos lugares pra competir? Você viaja por conta própria? Vai com a equipe? Carro, ônibus, avião? Conte um pouco sobre como são essas viagens? Você aproveita para fazer turismo também?

Fabio: Viajar e restaurar a alma. Aprende-se, vive-se e é contagiante. Nesse inicio de fase estou contando com alguns apoios essenciais. Gosto sempre de aprender sobre a cultura e história de cada cidade. As viagens são, geralmente, feitas de carro ou como for necessário.

JE: Qual o seu maior sonho como profissional? Qual título você mais anseia?

Fabio: O "título" que mais anseio é competir por muitos e muitos anos, com saúde, e desfrutar da bike, competindo no mais alto nível que eu consiga. Isso é o melhor título.

JE: Você esteve durante muito tempo na Europa, como dito antes. Como é o ciclismo no Brasil? Faltam investimentos e infraestrutura?

Fabio: Na Europa, o ciclismo é uma paixão "caliente". Há escolas de ciclismo, há incentivo. No Brasil, ainda há muito que explorar. Tem que ter mais investimentos em formações. Para quem quer competir, tem que haver um "alicerce" de base e aqui falta isso. Falta uma maneira de minimizar o alto custo das bikes, é ridiculamente estúpido o valor das bicicletas vendidas aqui no Brasil. Aqui, infelizmente, o futebol é a "bola" da vez.

JE: Para finalizar, muitas crianças no Brasil fazem da bicicleta o seu lazer, sua diversão. Utilizam a bike como um brinquedo. Qual conselho você dá para as crianças que querem transformar essa diversão em um esporte, uma profissão?

Fabio: Acho que isso está dentro de nós. Uma criança tem apenas que desfrutar da sua bicicleta, se futuramente irá competir, isso acontecerá naturalmente.

Fábio tem o patrocínio de Niner Brasil; Academia do Fabinho, Meias Zensah; Capacetes Prowell. Apoio: Jornal da Economia, Bike Show São Roque, Sport Bike SR e prefeitura de são Roque.


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