Escândalo no Facebook - o que aconteceu?

O Facebook é uma rede social que tem sido seguida por escândalo atrás de escândalo, apesar dos seus esforços em tornar a rede social melhor e mais relevante para os seus utilizadores.

Nas últimas semanas, a rede social tem tido dificuldades após a controvérsia da Cambridge Analytica, uma empresa de análise política que já esteve envolvida na campanha presidencial de Trump em 2016. Dados iniciais revelaram que o Facebook teria exposto a informação de cerca de 50 milhões dos seus utilizadores sem o consenso direto dos mesmos, no entanto, veio-se a revelar que os valores reais ultrapassaram os 80 milhões. Consequentemente, Mark Zuckerberg teve de prestar declarações perante o Congresso em relação a estes escândalos.

Retenção de dados apagados da plataforma

Uma das respostas do Facebook à controvérsia da Cambridge Analytica foi permitir aos seus usuários o acesso a um arquivo de dados da rede social, permitindo assim perceber como o Facebook guarda todo o tipo de informação. Isto acabaria por ser um “tiro no próprio pé”, pois os utilizadores da plataforma viriam assim a descobrir que vídeos gravados a partir da rede social, mesmo depois de apagados, ficariam guardados no arquivo do Facebook.

O envolvimento da Rússia e as notícias falsas

Uma das principais histórias das eleições presidenciais americanas de 2016 foi a permissão por parte do Facebook na propaganda nas redes sociais por parte da Rússia. O Facebook acabou por admitir no ano passado que diversas contas de Facebook russas teriam comprado o equivalente a 100 mil dólares em publicidade, adicionalmente, a inteligência dos Estados Unidos afirma que estas contas foram criadas com o objetivo de influenciar as eleições a favor de Donald Trump.

O Facebook ainda foi culpado de distribuir informações incorretas, ou “notícias falsas” de websites suspeitos muitas das vezes dirigidos à campanha de Hillary Clinton.

Perfis públicos a serem desmantelados

Outro dado obtido através do escândalo da Cambridge Analytica foi a revelação de que “autores maliciosos” usavam os motores de busca da plataforma para obter dados pessoais de milhões de utilizadores. Até recentemente, terceiros podiam correr um script que inseria celulares e endereços de e-mail numa funcionalidade do Facebook de modo a criar uma base de dados. Simplificando, os perfis públicos dos utilizadores da rede social estavam sendo fragmentados.

Scan de imagens e links na app do Messenger

Outro problema relacionado com privacidade: o Facebook faz scan a imagens e links enviados entre usuários na sua app do Messenger. A empresa veio a explicar esta prática, justificando que o fazem de modo a poderem identificar conteúdos que não cumprem os termos e condições da rede social. Apesar da plataforma mostrar boas intenções com este procedimento, muitos utilizadores partilharam o seu desgosto ao saber que o Facebook não mantém estas informações privadas.