20/03/2018 às 14h31min - Atualizada em 20/03/2018 às 14h31min

Mark Zuckerberg é convocado para esclarecer vazamento de dados do Facebook

Reino Unido convoca executivo para explicar informações usadas por empresa ligada a à campanha de Donald Trump

O fundador do Facebook Mark Zuckerberg foi convocado por uma comissão parlamentar britânica para esclarecer o uso ilícito de informação pessoal de usuários da rede social pela empresa Cambridge Analytica.

Segundo a investigação realizada pelos jornais "New York Times" e "Observer", a Cambridge Analytica usou dados de milhões de usuários de Facebook para criar um programa destinado a prever e influenciar o voto dos eleitores em eleições como a que elegeu o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que é um dos clientes da empresa.

O vazamento teria ocorrido por conta de um aplicativo para a rede social chamado “This is your digital life", que deveria oferecer apenas um serviço de prognóstico da personalidade aos usuários da rede, mas que também teria permitido o acesso ao perfil de mais de 50 milhões de usuários, mesmo que a grande maioria dos utilizadores não tenham permitido este acesso.  Cerca 30 milhões dos perfis tinham informações suficientes para serem exploradas com fins políticos.

Ao compartilhar os dados, a Cambridge Analytica teria violado as regras do Facebook, que eliminou o aplicativo em 2015 e exigiu a todos os envolvidos que destruíssem os dados coletados, entretanto o estrago já estava feito.

A notícia se revelou um dos maiores vazamentos de dados na história do Facebook, que admitiu que algumas informações de seus usuários foram usadas sem seu consentimento, ocasionando uma repercussão tão negativa que fez com que o valor de mercado da empresa encolhesse em US$ 37 bilhões na bolsa de valores.

As repercussões sobre o vazamento se estendem além das perdas da bolsa e da investigação inglesa. A procuradora-geral do estado de Massachusetts, Maura Healey, já abriu uma investigação contra a empresa, enquanto o presidente do Parlamento Europeu também já afirmou que os legisladores da União Europeia vão investigar se ocorreu o uso indevido de dados, enquanto o Partido Verde alemão também informou que pediu ao governo do país que informe ao parlamento sobre o impacto sobre o caso.


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