17/02/2018 às 11h30min - Atualizada em 17/02/2018 às 11h30min

Consumo de álcool por jovens ainda é problema a ser discutido no carnaval de São Roque

Grande número de jovens alcoolizados marcou as festividades na cidade

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa

O Carnaval de São Roque foi mais seguro neste ano. Com a ação da Policia Militar, da Guarda Municipal e das mudanças promovidas pela Prefeitura Municipal, o município não precisou passar por mais um momento de violência como o vivido em 2017, quando a tropa de choque entrou em confronto com foliões que interditaram as vias da cidade.

Entretanto alguns problemas ainda surgem e precisam ser discutidos, como a participação dos jovens nas festividades de carnaval. Após o fim dos blocos era comum notarmos a permanência de grandes grupos de jovens, na maioria adolescentes, que permaneciam na Avenida Bandeirantes, fato que se mostrou ainda mais acentuado no dia dos desfiles das escolas, quando a avenida foi literalmente dividida entre os que foram ao local para acompanhar a apresentação dos carnavalescos e os jovens que tomaram a outra metade da via.

O mais preocupante era o consumo de bebidas alcoólicas por parte dos jovens, que bebiam livremente pela avenida, deixando não apenas uma grande quantidade de lixo pelo local, com garrafas quebradas e latas de cerveja, mas também gerando atos de violência já que focos de discussões e brigas foram vistas ocorrendo durante a celebração.

Segundo o Comandante do 50° Batalhão da PM, que engloba São Roque, Mairinque e Araçariguama, Carlos Ricardo Ceoloni, o carnaval deste ano foi discutido desde o ano passado e as medidas  tomadas trouxeram mais segurança para a população, porém a ideia deve ser amadurecida.

Concentrar os foliões em uma via ajudou a monitorar a segurança da festa e apesar de diversas festas não autorizadas (conhecidos

pancadões) terem sido marcados pelas redes sociais, eles foram desmantelados pela PM, que compareceu aos locais e impediu a pratica destas celebrações, que deram origem no ano passado ao confronto com a tropa de choque. “É importante que se diga que ninguém quer impedir que as pessoas confraternizem e celebrem, mas isto deve ser feito com organização, principalmente em evento como o carnaval”, afirmou o comandante.

Com relação a grande concentração de adolescentes e ingestão de bebidas alcoólicas, o comandante afirma que este é um problema que engloba mais o núcleo social do que a segurança pública. A vida de regra, o crime é a venda de bebidas alcoólicas para menores, porém é muito mais difícil flagrar este tipo de ação do que encontrar um jovem bebendo, fato que apensar de não ser um crime deve ser abordado juntamente com os órgãos competentes relacionados às leis de proteção ao menor.

Segundo o comandante o problema do consumo de bebidas por jovens não é novo e não pode ser tratado apenas com a ação da PM, que deve atuar em  parceria com os setores competentes, para que ações sejam tomadas até mesmo antes do carnaval, como campanhas de conscientização.

“Nossa intenção é procurar a Vara da Infância e a Prefeitura para discutir como podemos trabalhar esta situação no ano que vem. O importante é discutirmos com os órgãos judiciais competentes e a própria administração municipal, para evoluirmos as ações que já tomamos e tornar o evento mais seguro para a população”, finalizou Ceoloni.


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