08/12/2017 às 13h43min - Atualizada em 08/12/2017 às 13h43min

O dia em que São Roque caiu... E eu com isso?

Artigo dos alunos do 3° ano do ensino médio do SESI 400, sob a orientação da professora Priscila Gaspar

Antes destas entrevistas ocorrerem, a Avenida Antônio Dias Bastos não havia sido concluída, fato este que ocorreu parcialmente no dia 24 de novembro.

Rica em cultura e belezas naturais, a cidade de São Roque foi elevada à condição de Estância Turística em 1990 e se destaca por ser um local com excelente qualidade de vida. No entanto, na tarde de quinta-feira (10) e madrugada de sexta-feira (11) de março de 2016, a cidade foi atingida por uma forte chuva que, segundo a Defesa Civil local, ultrapassou o valor esperado para quatro meses de chuva. A cidade teve vários pontos de destruição, mas a Avenida Antônio Dias Bastos (Av. Marginal, como é conhecida) foi um dos mais atingidos, uma vez que o córrego que passa pela marginal transbordou, espalhando água e lama pelas casas, vias e estabelecimentos comerciais. 

A área ficou isolada por um ano e somente em maio de 2017 as obras de reconstrução se iniciaram. A pavimentação da Av. Antônio Dias Bastos e reconstrução do Ribeirão Aracaí teve início no dia 08 de maio de 2017, com um custo estimado de R$ 2.780.497,47 e seu término está previsto para o mês de novembro deste ano. 

Em entrevista realizada com o prefeito Cláudio Góes, pelos alunos do terceiro ano do Ensino Médio, da escola SESI Gumercindo de Góes, de São Roque, como parte de um projeto de pesquisa, o mesmo foi interrogado com o objetivo de transmitir algumas informações de interesse público.

Segundo o prefeito Cláudio Góes, a obra de revitalização da Av. Antônio Dias Bastos já fazia parte de seu plano de gestão: “nós já sabíamos do problema antes de tomarmos posse. Até durante a campanha já nos precavemos e estávamos fazendo um primeiro estudo em paralelo”, disse.

O vereador Alexandre Pierrone, que também participou do processo de aprovação para a iniciação da obra, informou que “inicialmente, houve demora nas obras por falta de emenda federal para o município de São Roque”. Esta verba demorou, pois, “os trâmites foram interrompidos na gestão passada”. Já nesta nova gestão, após uma votação na câmara dos vereadores para a aprovação, as obras iniciaram em janeiro deste ano e, considerando o tempo de planejamento, avaliação do modelo do projeto, licenciamento, levantamento de custos, envio e liberação da verba necessária por parte do Governo Federal, todo esse processo demorou cerca de quatro meses: “quatro meses eu posso dizer que é um tempo muito curto”, disse o prefeito.

A obra de revitalização da avenida citada está dentro do prazo previsto, pois o projeto de revitalização iniciou-se em abril e, para que a obra seja entregue no período previsto “dependerá muito da questão climática, porque as chuvas podem atrasar a obra”, informou Cláudio. Essa também foi uma das dificuldades identificadas pelos trabalhadores da obra, pois “o mal tempo, as chuvas e também o transporte de materiais para a base vem de longe e temos que buscar”, disse o Sr. Clarisvaldo da Silva, encarregado da obra. Ainda segundo ele, “a obra está sendo realizada para que não ocorra a tragédia novamente”. 

Embora os moradores da região atingida reconheçam a fase de transição na prefeitura, eles expressaram seu sentimento de tristeza em relação ao pouco caso com que o problema foi tratado. Em uma entrevista feita com alguns moradores residentes na Avenida Antônio Dias Bastos, no dia 11 de outubro deste ano, foram relatados os pontos de vista deles sobre a queda e a obra de reconstrução da avenida e do córrego Aracaí.

Para a Sra. Andréia Rodrigues Ferreira, “foi um total descaso a maneira como foi conduzida a rotina da obra. Os trabalhadores chegam tarde para trabalhar e vão embora muito cedo, e quando está chovendo nem comparecem na obra”, relatou ela. Já o morador André Lucas Silva disse que “no dia em que o rio da Avenida Antônio Dias Bastos transbordou e por consequência ocorreu o desmoronamento, afetou muito sua rotina, porque sua casa ficou cercada de água. Houve um mutirão para fazer a limpeza do local”. André também relata que “a obra está demorando a ser concluída, pois ocorreu a troca de prefeito e a obra estava sem os documentos de autorização e sem verba”. 


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