A falta de quorum na Câmara de Vereadores de São Roque impediu a votação das contas do Ex-Prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa, referente ao seu mandato em 2015, que deveria ter ocorrido em Sessão Extraordinária nesta quarta-feira (27), trazendo ainda mais tensão para a análise das contas do ex-prefeito.
Dos 15 vereadores que pertencem a atual legislatura, apenas Alfredo Estrada, AlacirRaysel, Flávio Brito, Piniquinho, Niltinho Bastos e Rafael Marreiro se apresentaram a sessão. Os legisladores Etelvino Nogueira, Toco, Alexandre Pierroni, Julio Mariano, Guto Issa, Marquinho Arruda, Maurinho Góes, Rafael Tanzie Cabo Jean não compareceram à Câmara para votação.
A votação das contas de Daniel deveria ter ocorrido nesta segunda (25), entretanto o vereador Etelvino Nogueira pediu o adiamento da sessão, solicitação que foi aprovada com 10 votos favoráveis, mas como a pauta deveria ser apresentada ainda nesta semana a votação foi remarcada para esta quarta.
E m sua página no Facebook, o ex-prefeito Daniel de Oliveira Costa falou sobre a votação. “Com pareceres favoráveis do Tribunal de Contas do Estado e também da comissão responsável dentro da Câmara Municipal de São Roque, estamos ansiosos com a votação de hoje, e contamos que os Nobres Edis sigam o parecer do Tribunal de Contas e da própria Comissão Permanente de Orçamento, agindo assim dentro dos limites éticos e jurídicos esperado por toda população
Mas dos 10 vereadores que votaram favoravelmente para que as votação das contas do ex-prefeito ocorressem na quarta-feira, apenas Rafael Marreirocompareceu a sessão.“Acho um desrespeito não apenas para com os parlamentares, mas também com a população que aguarda uma resposta do Legislativo sobre esta questão. É uma situação que apenas prejudica a Câmara”, afirmou o Vereador Piniquinho.
Caso 10 vereadores (2/3 da câmara) se mostrem contra as contas de Daniel, as mesmas serão rejeitadas, o que pode tornar o ex-prefeito inelegível, fato que seria a causa do adiamento da votação, segundo alguns vereadores. “Em minha opinião, como eles viram que não tinham a quantidade de votos suficiente para rejeitar as contas, adiaram a votação na segunda, não vieram na quarta e continuarão tentando postergar a votação até conseguir o voto restante”, afirmou Flávio Brito.
Vereadores falam sobre as faltasO Jornal da Economia tentou entrar em contato telefônico com todos os parlamentares faltantes na última sessão extraordinária, mas conseguiu falar apenas com os Vereadores Julio Mariano e Cabo Jean.
Julio Mariano afirmou que decidiu não ir por precisar de mais tempo para analisar a questão. O parlamentar diz que cabe ao Tribunal de Contas apresentar um parecer sobre pontos muito específicos da situação do Executivo, como verificar se cada setor do governo recebeu a verba devida, porém cabe ao Legislador avaliar todas as açõesdo governo do ano em questão e dar a palavra final sobre o caso. “Cabe ao legislativo fiscalizar o executivo e nós temos uma visão muito mais privilegiada sobre o município do que o tribunal de contas... Um fato que me surpreendeu, em 2015 foram gastos mais de dois milhões de reais por mês com saúde e Santa Casa, sendo que foi o pior ano da irmandade, que perdeu seu plano de saúde”, afirmou o vereador.
Já o Cabo Jean afirmou que não compareceu a sessão de quarta devido a problemas de saúde na família, porém que ainda analisa as contas e reiterou que cabe aos legisladores avaliarem muito além dos números apresentados pelo governo e sim como o a administração municipal lidou com os gastos públicos. “Estou concluindo meu posicionamento sobre o assunto, pois estou levantando alguns acontecimentos específicos sobre o ano em questão”, afirmou parlamentar.
Deste modo a votação das contas do ex-prefeito Daniel da Padaria deve ser posta em votação na segunda-feira (02), entretanto segundo o presidente da Câmara Niltinho Bastos caso se peça um novo adiamento da votação, o mesmo será posto em pauta estabelecendo um dia para que a analise seja finalmente debatida pelos parlamentares. “Acho que devemos manter um nível de coerência para o que este assunto não se estenda em demasia”, concluiu