16/06/2017 às 15h55min - Atualizada em 16/06/2017 às 15h55min

Profissão DJ: conheça tudo sobre a carreira

Segundo levantamento mais recente da revista Forbes, o DJ mais bem pago do planeta é o escocês Calvin Harris.

Um profissional que faz a alegria de milhares de pessoas, trabalha o tempo todo com música, se diverte e ainda pode ganhar muito bem. Atraente, não? Essa é parte da rotina de uma das carreiras mais bem remuneradas na atualidade: o trabalho de DJ.

 

Segundo levantamento mais recente da revista Forbes, o DJ mais bem pago do planeta é o escocês Calvin Harris. Em 2016, ele faturou US$ 63 milhões, tocando em todo o mundo. Claro que esta é uma meta bastante ambiciosa, mas é possível garantir um bom dinheiro tocando regularmente em casas noturnas, festas de aniversário ou casamentos.

 

O guia a seguir dá dicas sobre a carreira de DJ: como começar, a rotina e remuneração.

 

Como começar a carreira de DJ?

 

A carreira começa com a compra de equipamentos para DJ. Nessa etapa pode ser necessário um grande investimento em aparelhos, mas o retorno é garantido. A dica é adquirir os equipamentos relacionados à atividade que se pretende desenvolver. Conforme o profissional for crescendo, é possível investir em mais aparelhos.

 

De início, uma mesa de discotecagem precisa ter dois toca-discos de vinil, CD ou players digitais; um mixer de dois canais - que funciona como um misturador de áudio; fones de ouvido; alto-falantes e um software de mixagem. deve-se ter cuidado para não gastar dinheiro à toa. No começo, não é primordial investir em aparelhos de ponta. Peça ajuda a algum DJ conhecido para auxiliar na  escolha do equipamento.

 

Porém, com a tecnologia é possível investir em um bom computador e em softwares de qualidade que vão permitir reprodução, mixagem, produção, edição e sampleamento de faixas. Entre os programas mais usados profissionalmente estão: Winamp, Foobar, The KMPlayer (reprodução); Virtual DJ, Atomix MP3, Traktor DJ, Kramixer (mixagem); Sony Acid Pro, Expstudio Audio Editor, Sound Forge, Wavosour, Adobe Audition, Acid Xpress, Fruity Loops (produção e edição); e BPM Studio (sampler). Decidindo por atuar com equipamentos digitais, o DJ iniciante tende a aprender mais rápido.

 

Outra dica importante é diferenciar o equipamento para trabalho em casa - sim, há muito trabalho extra além de tocar nas festas - e a aparelhagem que vai pra festa. É essencial montar um pequeno estúdio em casa. O ideal é ter um equipamento similar ao usado em eventos, para gravar demos, montar repertórios e criar suas próprias músicas. Com um estúdio caseiro, além de atuar como DJ, é possível tentar carreira como produtor de faixas musicais, o que pode garantir uma remuneração extra.

 

Discotecagem exige trabalho intelectual

 

Ser DJ não é só tocar música em eventos. Há um imenso trabalho intelectual que precisa ser feito à luz do dia e fora dos palcos. A montagem de uma grande coleção de faixas é parte deste trabalho. Um DJ precisa dominar música e, para isso,  deve estudar. O caminho é estar bem informado sobre as músicas do momento e visitar canais do Youtube específicos sobre discotecagem. Outra boa ideia é criar uma rede de amigos interessados em música; as conversas podem ajudar bastante a enriquecer o repertório. É importante ficar atento a alguns gêneros como House, Trance, Techno, Electro, Progressivo, Drum and Bass e Hip Hop.

 

A carreira de DJ não pode ser tratada como um passatempo. É preciso dedicar bastante tempo para aprender técnicas específicas da atividade. Um bom profissional sabe manipular a música e, para isso, deve conhecer conceitos como batidas por minuto (BPM), introdução e desfecho, transição e  scratch, que é a hora certa de uma música ser tocada.

 

Procure por oportunidades

 

Em qualquer carreira, ter um bom network é essencial para o sucesso. Não adianta ser um DJ criativo, se ninguém ouve seu som. Buscar por oportunidades vai te fazer mais conhecido. Procurar por empresas que terceirizam o serviço de DJ para festas como aniversários e casamentos é uma ótima forma de começar. Rádios comunitárias e rádios universitárias constantemente precisam de voluntários e você pode mostrar seu trabalho. Há ainda algumas casas noturnas que precisam de DJs para manter a pista animada entre as atrações principais. Além de ganhar algum dinheiro, é uma boa oportunidade para mostrar seu trabalho.

 

A Internet é uma grande aliada na divulgação da carreira de um DJ. Nesse sentido, as redes sociais funcionam como excelentes meios de comunicação. Publique informações interessantes, divulgue sua agenda e mantenha contato com os admiradores, respondendo mensagens e interagindo. É recomendável também criar playlists em sites de música como Spotify e iTunes, que funcionam como amostras do seu gênero e gosto musical.

 

Vale a pena ser DJ?

 

Um DJ iniciante começa a carreira com cachês modestos: algo entre R$ 200 e R$ 300 por noite. Porém, se conseguir apresentações todos os finais de semana, de quinta a domingo, pode receber até R$ 3.200 por mês.

 

A remuneração varia conforme o tipo de evento, o local de trabalho e a experiência do profissional. DJs de festas particulares, como casamentos e aniversários, podem receber de R$ 200 a R$ 2.000 por noite. A função varia muito conforme a experiência e o nome do DJ. Um profissional renomado tem mais liberdade para tocar o setlist que lhe convém. Em início de carreira, é preciso trabalhar com uma variedade maior de músicas para atender diferentes convidados que podem insistir em pedir pop, funk ou sertanejo. É preciso estar preparado.

 

Em casas noturnas, o cachê pode variar de R$ 200 a R$ 800 por noite. Um DJ residente, que atua sistematicamente na casa, pode receber salário fixo e sair na frente da concorrência em termos de experiência. Um das vantagens de ser DJ residente é fato de que o nome da casa noturna em que atua pode ajudar a fechar novos contratos, com cachês mais altos.

 

Conforme o trabalho de um DJ vai se tornando conhecido, o cachê pode aumentar e a duração do trabalho no palco, diminuir. DJs com carreira nacional recebem de R$ 1.000 a R$ 30 mil por apresentações com duas horas de duração. Em média, o cachê fica em torno de R$ 3.000 por noite. Normalmente, são contratados por agências de entretenimento e têm agenda cheia durante todo o ano. Trabalham com grande liberdade, sendo muito fiéis a seus próprios estilos.


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