06/02/2017 às 10h44min - Atualizada em 06/02/2017 às 10h44min

Auditoria aponta superfaturamento na compra remédios em Araçariguama

Dados foram divulgados pela prefeitura do município baseado nas compras de medicamentos praticados pela antiga gestão em 2016

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: divulgação
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: divulgação

A Secretária de Saúde da Prefeitura de Araçariguama afirma que, segundo um levantamento preliminar sobre as compras de remédios realizada pela antiga gestão da cidade no ano passado, houve um superfaturamento na compra de medicamentos utilizados na cidade em 2016. A Informação foi divulgada pelo governo municipal, após a entrega do primeiro relatório sobre o caso a atual prefeita do município, Lili Aymar, pela Secretária Municipal de Saúde, Edina do Santos Rosa e sua equipe, na sexta-feira (03).

De acordo com o governo municipal, a equipe da Secretaria de Saúde analisou notas fiscais de compras de medicamentos com base em uma Ata de Preços registrada em processo licitatório do ano de 2016, que está vigente até março de 2017, comparando os valores praticados pelo mercado e que são disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

A antiga gestão afirma que no ano passado foram gastos R$ 637.394,38, na compra de um grupo de 134 materiais e medicamentos, entretanto, os mesmo itens custariam apenas somariam R$ 186.209,08, caso fossem comprados utilizando-se os preços praticados pela tabela do Ministério da Saúde

“A diferença entre o valor praticado na Ata de Preços e o Ministério da Saúde foi de R$ 451.185,30. Em média os preços analisados ficaram 342% acima da tabela do Ministério da Saúde”, afirmou a prefeitura em nota enviada a nossa redação.

O governo de Araçariguama disponibilizou algumas dos exemplos mais marcantes do valor pago pela cidade em seus medicamentos se comparado ao preço que deveria ser cobrado e os números são assustadores. O Mensilato de Doxazosina (2mg), por exemplo, é usado no tratamento de hipertensão arterial e embora deva ser comercializado por aproximadamente R$0,08, era comprado por R$2,18, uma diferença de mais de mais de 2000%. Confira a tabeça abaixo.

Com base nas informações, A Prefeita Lili Aymar determinou que o relatório preliminar seja encaminhado para a Secretaria de Assuntos Jurídicos, que deverá remetê-lo ao Ministério Público e à Câmara Municipal. A equipe da saúde do município continuará com os trabalhos de análise dos contratos vigentes em sua totalidade de itens. A Prefeitura não divulgou os nomes das empresas responsáveis pela venda dos medicamentos, afirmando que a informação será mantida em sigilo até que o Ministério Público determine as medidas necessárias.

 Nossa redação tenta neste momento estabelecer contato com representantes da antiga gestão da cidade. Aguarde em breve mais informações.


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