19/08/2016 às 10h37min - Atualizada em 19/08/2016 às 10h37min

PF investiga aeroporto Catarina em São Roque

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Divulgação
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Divulgação

A nova fase da Operação Acrônimo, que investiga suposto esquema de tráfico de influência para empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi deflagrada pela Polícia federal na terça-feira (16). Com o cumprimento de mandados de busca e apreensão e condução coercitiva em São Paulo e em Minas Gerais, um dos alvos da 6° fase da operação é a obra de construção do São Paulo Catarina Aeroporto Executivo, localizado em São Roque.

O aeroporto entrou na mira da Polícia Federal, pois a construção do empreendimento, realizado pelo grupo JHSF, utilizou recursos do Banco Nacional e segundo a delação premiada do empresário Benedito Oliveira Neto (conhecido Bené), ex-chefe de gabinete da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o grupo JHSF teria pago ao ex-ministro Fernando Pimentel, e atual governador de Minas Gerais, cerca de R$ 5 milhões em propina em troca do lobby feito junto ao BNDES para que conseguisse financiar o projeto da construção do aeroporto.

De acordo com notícia divulgada pela Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP), em março de 2015 a JHSF assinou contrato de empréstimo com o BNDES no valor de R$ 75 milhões, sendo que no total o projeto poderia receber até R$ 390 milhões.

A delação de Bené afirma ainda que a JHSF pagou caixa dois de campanha, simulando um contrato com o Instituto de Pesquisas Vox Populi, também alvo da operação. “Cerca de R$ 750 mil foram pagos mediante a quitação de despesas da campanha eleitoral de Pimentel junto ao Instituto Vox Populi. E, para viabilizar esse pagamento ao Instituto Vox Populi, o colaborador conversou com Humberto e com um diretor comercial do instituto, Marcio Hiran, para que eles ajustassem a emissão da nota fiscal e a efetivação do pagamento. Os serviços declarados na nota fiscal não foram efetivamente prestados ao grupo JHSF, mas sim à campanha eleitoral de 2014 de Fernando Pimentel”, diz trecho da delação.

Nossa redação questionou a JHSF sobre o ocorrido e  em  nota enviada a nossa redação, o grupo diz que a  que nunca houve nenhum envolvimento com atos ilícitos. “A JHSF reafirma que não está envolvida em qualquer ilícito e sempre obedeceu a legislação vigente. Desde a publicação de matéria jornalística, a JHSF, por meio de seus advogados, prontificou-se a colaborar com as investigações de todas as formas possíveis.

Apesar disso, deu-se hoje uma busca e, uma vez mais,  a empresa reafirma sua disposição de colaborar com as investigações, até porque é a maior interessada no esclarecimento dos fatos,  a fim de demonstrar a sua lisura”. Completa a nota enviada ao JE.


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