12/08/2016 às 11h26min - Atualizada em 12/08/2016 às 11h26min

Câmara rejeita denúncia contra vereador e ataca excesso de acusações contra parlamentares

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa

A Câmara de São Roque rejeitou uma denúncia protocolada na Casa de Leis na tarde de segunda-feira (08) contra o legislador Adenilson Correia (Mestre Kalunga), durante a realização da Sessão Ordinária, realizada no mesmo dia. A denúncia feita por Emmerson José Ferreira Pinto, conhecido como Chicho, acusa o vereador de utilização de recursos públicos, o que caracterizaria o ato de improbidade administrativa.

De acordo com a denúncia o legislador teria viajado para Porto Feliz em setembro de 2015, utilizando um carro do legislativo e dois funcionários da Casa de Leis, em uma viagem não oficial e que atenderia interesses pessoais de Kalunga, que buscou o fórum da cidade para obter a documentação necessária para a contratação de sua namorada na época, Lucinéia de Oliveira para trabalhar no parlamento. “Cumpre referir que o Prejuízo para a coletividade é extenso, não somente pelos custos diretos (combustível, desgaste do veículo, diária de funcionários, pedágios etc), mas principalmente pela moralidade administrativa, que certamente foi atingida”, diz o documento.

Kalunga se defendeu das acusações, afirmando que são infundadas e que está sendo alvo de uma perseguição que busca denegrir sua imagem. “Faço minha parte como vereador e sou autor de diversos projetos para a cidade. Quero deixar claro a população que eles querem me atingir com esta perseguição política. É uma situação desgastante que tenho que enfrentar, ao invés de falar sobre os projetos para nossa cidade. É uma denúncia infundada”, afirma.

A acusação protocolada na Câmara de São Roque é apenas uma de várias denúncias protocoladas na Casa de Leis desde o início do ano, alguns deles protocolados pelo próprio Emmerson. Na semana passada o vereador Donizete já havia sido alvo de uma denúncia de decoro parlamentar, que foi recebida pela Câmara.

O número excessivo de denúncias causou polêmica na casa de leis e foi comentado por vários vereadores.  “Este senhor Emerson, que sabemos fazer parte de um grupo político, faz uma denúncia de um fato ocorrido em setembro de 2015 e o cidadão politiqueiro esperou que chegasse a época da eleição para fazer uma safadeza dessa. Sou a favor da transparência, mas não da forma absurda que tem ocorrido na Câmara”, afirmou o vereador Rafael Marreiro.

Diversos vereadores acompanharam a fala de Marreiro, criticando a forma como a denúncia foi protocolada poucos minutos antes do início da sessão, o que deixaria os parlamentares sem tempo hábil para analisar a questão de forma apropriada. O número excessivo de denúncias contra legisladores também foi comentado pelos vereadores. “Já na semana passada tivemos aquela situação com o vereador Donizete e agora, faltando 25 minutos para o início da sessão é protocolada uma nova denúncia.  Não podemos entrar neste picadeiro, se uma pessoa tem motivos suficientes para uma denúncia, que procure os caminhos legais e não traga para a Câmara mais problemas do que nós já temos. Estou cansado de ver esta palhaçada ocorrendo na nossa Câmara. Isto para mim é coisa de gente covarde”, afirmou Etelvino.

A denúncia contra Kalunga foi rejeitada com doze votos favoráveis, sendo que Alfredo Estrada, por ser presidente da casa, e Kalunga, por ser o acusado não votaram. Apenas o vereador Donizete votou favoravelmente a denúncia, afirmando que ela deveria ser averiguada. 


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