29/07/2016 às 11h15min - Atualizada em 29/07/2016 às 11h15min

Manifestação de grupo de funcionários da Santa Casa contou com passeata e bloqueio de veículos

Santa Casa realizou o pagamento do vale dos trabalhadores na quinta-feira.

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa

A greve promovida por um grupo de funcionários da Santa Casa de São Roque contou com passeata e até mesmo bloqueio de veículos, durante as manifestações que continuaram nesta semana. Os funcionários contaram com o apoio do Sindicato dos Servidores de Saúde de Sorocaba e Região, o SinSaúde, e se manifestaram devido ao não pagamento do vale e entrega das cestas básicas. A Santa Casa realizou o pagamento dos vales na tarde de quinta-feira (28) e segundo informações passadas aos funcionários, as cestas básicas devem ser entregues nesta sexta-feira (29).

Com o pagamento, uma assembléia foi realizada e a greve do grupo de funcionários foi suspensa até o dia 03 de agosto, quando deve ocorrer um encontro judicial entre a Santa Casa e o Sindicato, para que ambas as partes entre em acordo. As manifestações realizadas pelo grupo de trabalhadores da irmandae não chegou ao corpo médico da do hospital, que continuou realizando seus atendimentos normalmente, entretanto o movimento grevista atingiu momentos dramáticos nos últimos dias.

O grupo havia entrado em greve na irmandade, na manhã de quinta-feira (21), porém, o movimento foi paralisado na sexta-feira (22), após uma reunião entre representantes da FENAESC, organização social que atualmente administra a irmandade em caráter emergencial, representantes do sindicato e alguns trabalhadores grevistas, onde foi estabelecido que a Santa Casa pagaria o vale dos trabalhadores até terça-feira (26) e o dissídio no quinto dia útil do mês. O acordo não foi cumprido e sem o pagamento do vale, funcionários e sindicato voltaram a se organizar e novamente se reuniram em frente ao hospital. “Nós queremos que a situação seja esclarecida, que haja dialogo entre a irmandade e os seus funcionários que estão trabalhando e atendendo a população que precisa dos serviços da Santa Casa.”, afirmou a técnica de enfermagem, Elaine Picirilo C. dos Santos.

Passeata pela cidade e bloqueios de veículos

Com a retomada do movimento foi organizado uma passeata de protesto na manhã de quarta-feira (27) pelas ruas centrais da cidade. Com o monitoramento dos agentes de trânsito de São Roque, que cuidaram do tráfego e acompanhavam a passeata, os grevistas deixaram a Santa Casa e seguiram em direção a Praça da Matriz, onde se reuniram para falar sobre a situação e, em seguida, retornar ao hospital.

Ao retornarem para o hospital o movimento se estendeu até a manhã de quinta-feira (28), quando os manifestantes novamente se reuniram em frente da Santa Casa  e iniciaram um bloqueio a determinados veículos, impedindo que funcionários da FENAESC e caminhões que transportassem materiais para a reforma do hospital entrassem. De acordo com o sindicato “Estamos realizando este bloqueio de forma pacifica como um manifesto a situação que hoje ocorre na Santa Casa. É importante que se diga que nosso bloqueio se restringe apenas a veículos das obras e a FENAESC, pois ambulâncias, carros de hemodiálise e os pacientes do hospital continuam a entrar normalmente na Santa Casa” afirmou o Diretor Sindical Hugo dos Santos.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal estiveram no local para conversar com a irmandade e com os grevistas, preservando a integridade física dos presentes, entretanto o movimento foi pacifico e não houve qualquer tipo de confronto direto entre as partes.

Enquanto o bloqueio era realizado um funcionário da Santa Casa conversou com os grevistas presentes e afirmou que a administração já dispunha das verbas para o pagamento dos vales, faltando apenas os tramites burocráticos de transferência bancária. De acordo com as informações, as expectativas eram de que o vale fosse depositado ainda na quinta-feira (28) e a entrega das cestas básicas na sexta-feira (29).

 “É bom que seja lembrado que o chamado ‘vale’ é parte de um pagamento quinzenal, que é efetuado primeiramente no quinto dia útil e o restante depois de quinze dias, o que é estabelecido por lei. Eles não podem ficar sem pagar o funcionários. A greve continuará por tempo indeterminado até que o vale seja depositado”, afirmou o Presidente do SinSaúde, Milton Sanches.

O Jornal da Economiaquestionou a Fenaesc e direção da Santa Casa sobre um posicionamento da irmandade quanto a greve, mas até o fechamento desta edição, não houve resposta.


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