27/07/2016 às 09h26min - Atualizada em 27/07/2016 às 09h26min

Governo acaba com o Ciência Sem Fronteiras para cursos de graduação

Da Redação com informações do G1 - Foto: Reprodução/Internet
Da Redação com informações do G1 - Foto: Reprodução/Internet

O governo confirmou o fim do Programa Ciências Sem Fronteiras para os alunos de graduação. A justificativa para a ação foi o preço, e mesmo haja dinheiro em caixa não há ganrantia da volta dessas bolsas. De acordo com o portal G1, a prioridade agora é outra, e se caso tiver dinheiro no ano que vem, será usado para bolsas na pós-graduação. O Ministério da Educação avaliou que era alto o custo para mandar alunos da graduação para o exterior e que muitos nem estavam preparados para estudar fora.

O programa começou em 2011 e já mandou mais de 100 mil alunos de graduação e pós-graduação para universidades no exterior. A maioria das bolsas, 65 mil, foi para estudantes que ainda estavam na faculdade. Segundo informações do portal, ano passado e este ano já não teve seleção para novas bolsas, e por falta de recursos, foram mantidos apenas os alunos que já tinham sido selecionados antes e agora o programa deve mudar.

O governo diz que o Ciência Sem Fronteiras não acabou, mas como já não tinha mesmo previsão no orçamento deste ano para selecionar novos bolsistas, o Ministério da Educação decidiu fazer uma avaliação do programa. Chegou à conclusão de que custa muito caro para manter os alunos lá fora, principalmente os de graduação. Isso porque a maioria dos selecionados não tinha conhecimento suficiente de língua estrangeira para frequentar as aulas. Então primeiro tinham que passar alguns meses, lá fora, estudando a língua, antes de fazer as matérias específicas. Então a partir de agora, se tiver dinheiro no Orçamento do ano que vem para o programa, as bolsas vão ser só para alunos de pós-graduação.

A Capes, um dos órgãos do Ministério da Educação que concede as bolsas, diz que o custo médio de um bolsista de graduação no exterior é de R$ 100 mil por ano.

“Do ponto de vista do país, a gente tem que considerar, sim, a questão do custo benefício, porque nós temos outras carências, nós temos o ensino básico, que tem uma carência muito grande”, declarou o presidente substituto do Capes, Geraldo Nunes, para o portal G1.

Ele explicou que, além disso, a vantagem dos bolsistas de pós-graduação é que normalmente eles publicam artigos em revistas estrangeiras importantes, o que conta muito para as universidades brasileiras.

Quem já está no exterior não será atingido por essa decisão do governo. São cerca de 10 mil bolsistas. Eles vão continuar recebendo os pagamentos das bolsas até o fim do intercâmbio.


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