22/07/2016 às 11h01min - Atualizada em 22/07/2016 às 11h01min

Sindicato e alguns funcionários realizaram paralisação e greve na Santa Casa

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa

O Sindicato dos Servidores de Saúde de Sorocaba e Região, o SinSaúde, juntamente com alguns funcionários da Santa Casa de São Roque, realizaram uma paralisação e entraram em greve na manhã de quinta-feira (21). A polêmica envolvendo alguns dos funcionários do hospital perdura desde o dia 12 quando, após uma assembléia, foi votado a instauração de uma greve na irmandade caso a direção do hospital não acate os pedidos apresentados pelo SinSaúde. A paralisação não envolve o atendimento médico da irmandade e o serviço continua a ser prestado normalmente no hospital.

Segundo o sindicato, muitos funcionários foram demitidos desde a entrada da FENAESC na administração da Santa Casa e embora a irmandade tenha dado a opção de que os funcionários fossem absorvidos por outra empresa, estes não contariam com todos os benefícios que possuem. “Esta empresa, que não foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, demitiu cerca de 40 trabalhadores e esteve no sindicato propondo que fizéssemos as homologações em várias parcelas, o que claramente recusamos, pois além de ser uma demissão em massa, os trabalhadores que forem desligados serão recontratados por uma nova empresa com salário menor e sem plano de saúde, precarizando a vida dos trabalhadores”, afirmou o  Presidente do SinSaúde, Milton Sanches.

Apesar da assembléia do dia 12 ter contado com aproximadamente 60 pessoas, o número de funcionários que aderiram a greve nesta quinta-feira foi muito menor, embora seja constituído de diversos departamentos, como limpeza, recepção e enfermagem. De acordo com a recepcionista Lucilene Squilaro, as informações sobre as alterações ocorridas após a entrada da Fenaesc não foram passadas aos funcionários, o que tem gerado preocupação por parte dos trabalhadores, que ainda não haviam recebido o seu vale. “Não nos deram nenhuma satisfação e a situação continua neste impasse. Temos medo de sermos despedidos e não recebermos nosso acerto de contas. Somos trabalhadores e tudo que queremos são nossos direitos respeitados”, completa.

O Departamento Jurídico do Sindicato já afirmou que entrará com um processo na Justiça contra o hospital, cobrando todos os direitos dos trabalhadores que supostamente estariam sendo lesados, como verbas rescisórias e atrasos na liberação do vale. Quando questionado se a falta de adesão da grande maioria dos funcionários do hospital enfraqueceria o movimento grevista, o advogado do sindicato, Fabio Ferro, afirmou que embora se esperasse uma maior adesão, as expectativas são de que mais funcionários ingressem no movimento de greve, que deve continuar por tempo indeterminado.

Nossa redação tentou entrar em contato com o Interventor da Santa Casa, Francisco Tibiriça, entretanto o mesmo não se pronunciou. Em entrevista concedida ao Jornal da Economia na época da primeira assembléia, o administrador afirmou que o que ocorre na Santa Casa é uma terceirização dos serviços de segurança, portaria e limpeza.  Aproximadamente 40 funcionários integram os trabalhos nestes três setores, e segundo a irmandade, foi dada a oportunidade para que os funcionários fossem absorvidos pela empresa que passará a fornecer os serviços para a irmandade, proposta que teria sido aprovada pela maioria dos empregados, sendo que nenhuma irregularidade teria sido cometida no processo. A FENAESC emitiu uma nota sobre a situação da Santa Casa, que pode ser conferida abaixo.

Nota Oficial da Santa Casa de São Roque

A Fenaesc, gestora da Santa Casa, declara que sempre respeitou e sempre respeitará todas as leis trabalhistas e que todas as ações promovidas por ela estão dentro da legalidade. A Fenaesc, em toda e qualquer nova decisão, sempre comunicará oportunamente seu quadro de funcionários e que toda decisão tomada tem como objetivo a melhora no atendimento em saúde pública à população de São Roque. Em respeito aos nossos funcionários, não consideramos legais as paralisações ou greves em atos aderidos por menos de 3% do quadro de colaboradores e funcionários das nossas unidades. 


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