09/10/2015 às 11h28min - Atualizada em 09/10/2015 às 11h28min

A educação especial e seus valores sociais

Da Redação: Alan Vianni - Foto: Reprodução/Internet
Da Redação: Alan Vianni - Foto: Reprodução/Internet

O número de estudantes com algum tipo de necessidade especial cresce a cada ano na rede de ensino. Em 1998, havia apenas 43,9 mil crianças especiais, matriculadas em redes públicas e privadas de ensino. Em 2003, eram 144,1 mil e, em 2014, esses números chegaram a 184,7 mil, um crescimento anual recorde de 28,1%. Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não deixam dúvidas de que o movimento de inclusão de crianças especiais em salas normais de ensino no Brasil é irreversível. 

O crescimento não acontece por acaso. A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao Ensino Fundamental a todas as crianças e adolescentes, sem exceção. E deixa claro que a criança com necessidade educacional especial deve receber atendimento especializado complementar, de preferência dentro da escola. A inclusão ganhou reforços com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, e com a Convenção da Guatemala, de 2001. Esta última proíbe qualquer tipo de diferenciação, exclusão ou restrição baseada na deficiência da pessoa. Sendo assim, mantê-las fora do ensino regular é considerado exclusão e crime. 
 

No município de São Roque, na escola da rede pública de educação E.M.E.F Tetsu Chinone do Bairro Goianã, estas medidas estão sendo elaboradas e colocadas em práticas pela professora Hélia Maria Medeiros, que leciona também para algumas crianças especiais que frequentam a escola.

A professora diz que o aprendizado depende da necessidade cada aluno. “Tudo depende da necessidade do aluno, com paciência e amor tudo se consegue, essas crianças necessitam de um acompanhamento desde seu nascimento, ou o desenvolvimento estudantil dela será lento perante aos demais alunos”, comenta a professora.

“O convívio das crianças especiais com os demais alunos são ótimos, eles interagem muito com os amiguinhos, ainda mais na hora de brincar”, respondeu Hélia, quando questionada sobre o convívio das crianças em sala de aula.

A escola Tetsu Chinone, também oferece o Atendimento Educacional Especializado (AEE), para os alunos com deficiência de natureza física, intelectual, sensorial (visual e pessoas com surdez parcial ou total). Alunos com transtornos gerais de desenvolvimento e com altas habilidades (que constituem o público alvo da educação especial), também podem ser atendidos por esse serviço. O AEE é realizado no período inverso aos das classes comuns freqüentada pelo aluno e é preferencialmente feito na própria escola onde aluno estuda e em sala com recursos multifuncionais.

De acordo com a professora, a inserção social destas crianças especiais depende muito das ferramentas usadas nesta socialização. “Fazemos diversas atividades que estimulam as crianças a se socializarem com as outras, elaboramos brincadeiras, atividades musicais, produzimos gincanas fora das salas de aula, e atividades que procuram informar as crianças”, finaliza Hélia Maria.

O importante é evidenciar que na escolarização de uma criança com necessidades especiais estão envolvidos, além da própria criança, seus pais, os terapeutas, os médicos e os educadores. Cabe à escola acolher essa criança, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que se beneficie do contexto escolar. 


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