14/08/2015 às 09h46min - Atualizada em 14/08/2015 às 09h46min

Lembranças das Festas de Agosto

Da Redação: Gabriele Pinho - Fotos: Divulgação
Da Redação: Gabriele Pinho - Fotos: Divulgação

“As Festas de Agosto significaram na minha infância felicidade absoluta!  

Na Praça da Matriz a alegria dos primeiros contatos com enfeitadas barraquinhas onde se vendia tudo de delicioso, amendoim, pipoca, doce de côco, milho verde, pamonha. E, claro, as inesquecíveis bexigas de borracha coloridas, que víamos pela primeira vez! E o quanto essas bexigas nos encantaram a mim e meus queridos e inesquecíveis amigos e parentes! 

Que delícia ganhar uns trocados da mãe, poder comprar uma e passear orgulhosos pela praça, entre as barraquinhas, ostentando o troféu sobrevoando nossas cabeças! E as matracas e apitos de variados tons e altura que nos comunicavam com lindas colegas de grupo escolar e, alguns anos depois, de ginásio.

O footing e o envergonhado flerte ao redor da praça,  sob bandeirolas multicoloridas enfeitando os primeiros e desajeitados namoros. Flertes que começavam no início das festas e, geralmente, acabavam no final da procissão.

No dia 16 a procissão de São Roque, o padroeiro, em seu suntuoso andor ornado por uma profusão de flores, os amados sinos da igreja, os estandartes, a respeitosa postura das beatas com seus terços e discretos véus, a circunspecção do padre, a ladainha, os coros e rezas que nos impregnaram de espiritualidade e crença para o resto de nossas vidas.

Lembro-me de tudo e de todos, especialmente da figura severa de uma senhora já idosa, a quem todos respeitávamos, seu cabelo já branco, o coque, nariz adunco, vestidão cinza pesado, à altura do rigoroso inverno são-roquense: Dona Vita, ou Dona Zita, nossa parteira! Me confunde um pouco o nome: eu era pequeno nessa procissão. Que saudade, meu Deus! Jamais fomos tão felizes quanto naqueles dias inesquecíveis das Festas de Agosto. E que nos marcaram para sempre!” - Juca de Oliveira – Ator 

 

(Alvi Sabbatini -  dono dos Vinhos Sabbatini)

“Na adolescência o que mais gostávamos nas Festas de Agosto era a vinda de um parque chamado Boa Vista, que se instalava no Largo dos Mendes e preenchia o local inteirinho... Pessoas de Ibiúna, Piedade, Itu e até Tatuí vinham para São Roque, caminhões ‘pau de arara’ apareciam por aqui, pois não havia na região, festa igual a nossa.

Naquela época não tinha mercado, apenas armazéns, que não ofereciam muita coisa, então todos os sitiantes guardavam dinheiro o ano inteiro para ir até as barracas da festa para comprar panelas de alumínio, roupas, calçados e muitas outras cosias que pessoas de vários lugares vendiam por aqui.

Era tudo muito gostoso e muito diferente de hoje em dia.” – Alvi Sabbatini – Dona dos Vinhos Sabbatini 

 

 


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