Falsa médica identificada em Alumínio também atendia em São Roque

Cibele Lemos investigada pela Polícia Civil de Mairinque pela suspeita de prestar atendimento a pacientes no Pronto-Atendimento do município de Alumínio, utilizando-se do registro profissional de outra pessoa, também prestava atendimento em São Roque.

A fraude foi descoberta em Alumínio, mas ao postar uma reportagem sobre o ocorrido, uma leitora do Jornal da Economia afirmou que a mulher também prestou atendimento na cidade de São Roque. “Quinta-feira passada levei minha filha a Santa Casa em São Roque e fui atendida por essa médica”, afirma a leitora Karen Souza através da rede social do JE.

Em contato telefônico, o Interventor da Santa Casa, Sidney Muniz confirmou que Cibele Lemos realmente prestou atendimento no hospital do município, assim como em outras entidades hospitalares da região. O interventor irá se encontrar com nossa equipe de reportagem em breve para relatar o ocorrido.

Segundo informações do Portal G1, Cibele Lemos deixou o plantão da unidade de saúde no último sábado, dia 11, sem dar justificativas. Quando a prefeitura da cidade decidiu consultar o Conselho Regional de Medicina (CRM) para tomar uma atitude administrativa contra a profissional pela infração, foi descoberta a fraude. "Foi quando vimos que a foto dela não condizia com a pessoa que trabalhava no PA. Pedimos para ela provar e ela afirmou que tinha os documentos da residência médica. A mulher foi com um responsável pelo PA até o local em que ela estava hospedada, mas ela fugiu enquanto manobrava o carro", afirma o diretor do pronto-atendimento, Rafael Leles, em depoimento ao G1.

Cibele Lemos não trabalhava de forma fixa no pronto atendimento, onde cobria folgas de plantonistas fixos, prestando atendimento médico por cerca de 45 dias. De acordo com o diretor do local, nenhuma reclamação ou denúncia de erro médico foi registrado durante os 10 plantões efetuados pela falsa médica.

Com a fraude, o Pronto Atendimento deve aprimorar a seleção dos profissionais, comparando o número do CRM com as informações e fotos disponíveis no cadastro do conselho na internet. "Vamos pedir não só a carteira, mas também o diploma e todos os dados do médico para a empresa responsável", afirmou Rafael Leles a equipe de reportagem

O caso deve ser investigado pela Delegacia de Mairinque. Em breve uma reportagem completa sobre o ocorrido.