30/05/2015 às 11h30min - Atualizada em 30/05/2015 às 11h30min

Autor de cotovelada vai a júri popular

Empresário vai continuar preso até o julgamento, ainda sem data definida.

Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí - Foto: Divulgação
Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí - Foto: Divulgação

O empresário Anderson Lúcio de Oliveira, preso após agredir a auxiliar de produção Fernanda Regina Cézar com uma forte cotovelada em agosto de 2014, vai ser levado a júri popular. A decisão é do juiz da 1ª Vara Criminal de São Roque, Flávio Roberto de Carvalho, e foi divulgada na quarta-feira (27) pelo advogado de Fernanda, Ademar Gomes, por meio de nota da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp).

De acordo com Gomes, Oliveira deve permanecer preso até o julgamento, que ainda não teve uma data definida. O advogado de Fernanda considera a decisão uma “vitória da acusação”. “As pessoas achavam que não iria a júri por considerarem apenas uma agressão. Ele contribuiu para o evento e houve o dolo, ele quis matá-la”, afirma. Ainda segundo Gomes, se for considerado culpado, Anderson pode pegar até dez anos de prisão.

Já o advogado de Anderson Lúcio de Oliveira,  informou na sexta-feira (29) que não vai recorrer da decisão da Justiça de levar o caso a júri popular. "Acredito que o júri vai ter muito mais bom senso para desclassificar a acusação ou absolver o Anderson", disse Luiz Pires de Moraes Neto ao G1.

Com a expressão "desclassificar a acusação", o advogado explica que espera que os jurados entendam o caso como lesão corporal culposa, diferentemente do que entendeu a acusação, que classifica a agressão como tentativa de homicídio. "Recebi a notícia com muito espanto. O laudo mostra que houve lesão grave, e isso não se discute. O que não houve foi a tentativa de homicídio. O perito foi claro em afirmar que não há lesão permanente nem incapacitação", explica Moraes Neto.

Ainda segundo a defesa, recorrer não ajudaria o réu, porque, até que o recurso fosse julgado, Anderson já teria cumprido quase toda a pena. 

O juiz Flávio Roberto de Carvalho não se pronunciou sobre o assunto, já que o caso segue sob segredo de Justiça.


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