27/04/2015 às 11h02min - Atualizada em 30/04/2015 às 11h43min

São-roquense vive drama com terremoto que atingiu o Nepal

Jovem faz parte de ONG que ajuda crianças orfãs e pede doações através de redes sociais.

Da Redação - Foto: Reprodução/Facebook
Da Redação - Foto: Reprodução/Facebook

No último sábado, dia 25, o Nepal, um país localizado entre a Índia e China, sofreu um grande terremoto de magnitude 7,8, sendo o mais forte em 80 anos no país. Entre um cenário de repleta destruição, o número de mortos e feridos no país aumenta a cada dia. O número supera os 5 mil e feridos em 10 mil.

Localizada na cidade de Katmandu, epicentro do terremoto, está Camile Guarino Porto, de 28 anos. A jovem mora há 11 anos em São Roque e está no Nepal há 6 meses para ajudar sua mãe em uma ONG e fazer aulas de inglês em uma reconhecida escola do país.

 “Minha mãe mora no Nepal há 10 anos e é fundadora da ONG Compasion Home, que faz parte do projeto “Voice of Fetus”, sendo então uma casa anti aborto que também abriga crianças órfãs e moças que foram abandonadas e rejeitadas pela sociedade. Esta casa tem três andares e eu estava no primeiro quando tudo começou a balançar. Até então eu nunca tinha passado por isso, foi a pior sensação que senti na minha vida! Eu só escutei minha mãe gritando ‘corre que é terremoto’, mas não tive reação, não sabia o que fazer. Só deu tempo de me jogar no chão”, comenta Camile em entrevista via telefone ao Jornal da Economia.

A jovem comenta que o país está em estado de alerta. No momento, todos os integrantes da ONG dormem em um acampamento no quintal da casa, pois todas as casas e construções estão em risco de desabamento, devido aos constantes tremores que seguem atingindo o país.

 “Toda hora parece que o chão vai tremer. É uma sensação horrível, indescritível. Nunca achei que iria passar ou imaginar isso. Não consigo dormir direito, fico sempre em alerta para pode ajudar as crianças”, comenta Camile.

Neste momento o país segue com escasso acesso à comida e água, e esta situação não é diferente para a jovem. “Temos que andar muito para encontrar locais para abastecer a casa com mantimentos. Já é possível ver o tumulto de pessoas que querem estocar alimentos. Além disso, estamos ajudando outra ONG de crianças órfãs que estavam se alimentando apenas com arroz durante todos esses dias. Por isso pedimos ajuda através de doações e além de tudo, orações, para enfrentar tudo isso!”, relata.

Camile estava com a passagem de volta ao Brasil comprada e marcada para o dia 31 de maio. “Neste momento não penso em voltar. Não posso abandonar um país que durante esses seis meses me acolheu com tanto carinho. Não é da minha índole abandonar eles agora! Além disso tenho minha mãe, minha irmã e todas essas crianças, que passam por dificuldade e precisam de nossa ajuda”, comenta a jovem.

De acordo com Camile, até o momento nem ela nem a mãe receberam contato do Consulado Brasileiro para saber a situação das brasileiras no país. Um fato que as preocupa, pois mesmo registradas no Itamaraty ainda não receberam nenhuma ligação.

Para quem quiser ajudar a ONG da mãe de Camile, que está abrigando e alimentando crianças órfãs após o terremoto, basta doar qualquer quantia em dinheiro para as seguintes contas:

Banco do Brasil:
Agência: 3583-1 / Conta Corrente: 22266-6

Banco Bradesco:
Agência: 160 / Conta Corrente: 87514-7

Beneficiada de ambas as contas: Violeta M. A. Guarino (mãe de Camile)

Para conferir a mensagem exclusiva de Camile enviada via telefone para o Jornal da Economia acesse www.jeonline.com/videos 

Confira a mensagem que Camile enviou ao Jornal da Economia, onde relata sua experiência e drama vivido no país.

Abaixo, um vídeo publicado por Camile em seu facebook:

Willian Massaro, outro brasileiro que também estava no país como voluntário, também deu mais informações sobre o ocorrido em entrevista a rede Band News.


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