Força Nacional atua em presídios do Rio Grande do Norte

Os 215 homens da Força Nacional que chegaram ao Rio Grande do Norte na terça-feira, dia 17, começam a atuar nas unidades prisionais do estado nesta quarta-feira, dia 18. De acordo com a secretária estadual de Segurança Pública, Kalina Leite, eles estão desenvolvendo um trabalho de "reconhecimento e planejamento" para começar as ações efetivas. Depois, serão distribuídos pelas unidades para conter a crise.

Nos últimos sete dias, 14 das 33 unidades prisionais do estado e um centro de internação para menores infratores tiveram motins ou rebeliões. A crise no sistema prisional do estado levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Zaidem Heronildes da Silva Filho, e o governo decretou situação de calamidade no sistema prisional. Segundo o Ministério Público, a população carcerária no Rio Grande do Norte é de aproximadamente 7.650 pessoas, mas o Estado tem cerca de 4 mil vagas.

Na manhã desta quarta-feira (18), presos do Centro de Detenção Provisória de Potengi realizaram um novo motim. O diretor da unidade, Marcos Paulo de Souza, disse que o tumulto começou por volta das 7h, mas já foi contido.

Na Zona Norte de Natal, quatro unidades registraram rebeliões desde quarta-feira, dia 11: Centro de Detenção Provisória de Potengi, Complexo Prisional João Chaves, Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato e Centro de Detenção Provisória da Zona Norte (CDP).

Também aconteceram revoltas no Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal; na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; no Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga, também em Nísia Floresta; e na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), em Parnamirim.

No interior foram registradas revoltas na Penitenciária Agrícola Mário Negócio, em Mossoró; na Cadeia Pública de Mossoró; no Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi, na região Agreste; na Penitenciária Estadual Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó; e nas cadeias públicas de Caraúbas e Nova Cruz.

Ceduc
O Centro Educacional de Caicó também registrou uma rebelião na tarde de terça. Os menores infratores fizeram quatro socioeducadores reféns. A rebelião foi contida na manhã desta quarta-feira pela Polícia Militar com a invasão do Centro Educacional de Caicó. Os reféns foram libertados sem ferimentos. A PM não sabe se o motim no Ceduc de Caicó está relacionado com a onda de rebeliões que acontece no sistema prisional potiguar desde a semana passada.