Diversos pontos pertinentes sobre o sistema de saúde de São Roque foram esclarecidos durante a audiência pública realizada no dia 26 de fevereiro, na Câmara dos Vereadores do Município. A Audiência Pública ao Gestor do Sistema Único de Saúde do Município de São Roque visou prestar contas sobre os valores empregados no setor durante o ano de 2014, além de prestar esclarecimentos sobre a saúde de São Roque.
Apresentando o balanço da prefeitura e respondendo a questões sobre a saúde, estavam o Diretor de Saúde Municipal, Sandro Rizzi, e a escrituraria Denise Milchert Lambiazzi. Também estiveram presentes os membros da comissão de Saúde da câmara, os Vereadores Etelvino Nogueira e Alexandre R. Soares, além dos Legisladores José Camargo e Rodrigo Nunes.
De acordo com os dados apresentados no encontro, no ano passado a receita vinculada a saúde foi de R$ 120.758.350,46, o que segundo Denise, coloca o município dentro das normas nacionais no setor. “Encerramos o ano de 2014 com um percentual que deveria ser de, pelo menos, 15% e onde aplicamos 24,32%”, afirma a escrituraria.
Também foi informado que mais de 67 mil consultas médicas foram realizadas em São Roque, sendo 16 mil relativas a atendimentos especializados fornecidas pelo município, como ortopedia, pneumologia e infectologia. “Considerando o número de habitantes de nossa cidade, podemos dizer que mais de 2/3 da população do município passou pelo médico”, afirmou o Dr. Sandro Rizzi.
Quando questionado pelo Vereador Rodrigo Nunes, foi esclarecido também que o município tem enfrentado dificuldades com relação ao atraso de repasse fornecido pelo Governo Federal e de medicamentos por parte do Governo do Estado. Também foi explicado que o município tem planos de transformar o Pronto Atendimento da cidade em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), sigla dada pelo Governo Federal a instituições que atendem normas de qualidade específicas e que recebem verbas especiais.
Também afoi dito que hoje a Santa Casa já conta com propostas de empresas para a implantação de uma UTI, que teria um local para comportar estas instalações. Segundo o Diretor de Saúde, o problema está no credenciamento necessário para se ter estes espaços, trabalho que demora um ano (com instalação em funcionamento) e onde será necessário todo um apoio especial partidário e privado.
Entretanto, uma das grandes carências da Saúde de São Roque está na falta de profissionais médicos, principalmente de ginecologistas. “Hoje somos deficitários em corpo de enfermagem, psicólogo, terapeutas ocupacionais, educador físico, em vários profissionais não médicos. Com relação aos nossos profissionais médicos, houve uma melhora embora não seja ainda o adequado”.
A situação da dengue também foi abordada e com relação ao assunto, foi informado que a cidade não enfrentou problemas sérios com a doença em 2014 por conta do trabalho desempenhado pelos funcionários da zoonoses. Segundo o Diretor de Saúde a doença foi o maior desafio do ano passado e deve ser um dos maiores problemas neste ano. “O aedes aegypti existe em toda São Roque, assim como em todo o estado. Hoje podemos dizer que a cidade que afirma não ter o mosquito, na verdade não procurou direito”, comenta. Segundo o médico, trabalhos de contenção estão sendo realizados para tentar evitar um quadro mais agravado da doença, cujo maior quadro de transmissão é de pessoas que trazem a doença de cidades vizinhas.
Em entrevista ao Jornal da Economia, o Dr. Sandro afirmou que apesar das dificuldades, as conquistas em 2014 foram muitas, como o programa “Mais Médicos” e o aumento de médicos na rede básica e o processo de regularização da Santa Casa, que começa a dar resultados. Apesar dos problemas financeiros nacionais, Sandro afirma que prevê melhoras para a saúde de São Roque em 2015, a começar pela chegada de novas especializações ao sistema de saúde do município.
Confira abaixo, alguns momentos da audiência pela TV JE:
Neste primeiro bloco, a escriturária Denise Milchert Lambiazzi apresenae as receitas e despesas da Saúde de São Roque, durante o ano de 2014, enquanto o Diretor de Saúde Municipal, Sandro Rizzi, apresenta alguns dos trabalhos feitos durante o ano.
No segundo bloco, o Vereador José Camargo questiona sobre os investimentos do governo na Saúde e sobre a situação do município em relação à dengue.
Neste terceiro Bloco, o Vereador Rodrigo Nunes questiona os representantes da saúde municipal sobre o repasse do governo e os planos para a implantação da UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
No quarto bloco o Vereador Alexandre R. Soares questiona sobre a instalação de uma UTI em na Santa Casa de São Roque.
Neste quinto bloco o Vereador Etelvino Nogueira questiona a questão das cirurgias no município e o quadro de médicos disponíveis.
