18/01/2015 às 14h16min - Atualizada em 18/01/2015 às 14h16min

Índice de mortalidade infantil cresce 8,6% em Sorocaba

Fonte: Carolina Santana / Jornal Cruzeiro do Sul - Foto: Reprodução / Internet
Fonte: Carolina Santana / Jornal Cruzeiro do Sul - Foto: Reprodução / Internet

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) teve alta de 8,6% em Sorocaba. Calculado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a TMI subiu de 11,6 em 2012, para 12,6 em 2013 (dados mais atuais). O estudo mostra que foram 9.114 crianças nascidas vivas e 115 óbitos em 2013, enquanto no ano imediatamente anterior a ele, foram 9.058 nascidos vivos para 105 mortes. A média sorocabana é maior do que a estadual, sendo que no Estado a TMI, neste período, foi de 11,5 mortes para cada mil nascido vivos em 2013. De acordo com a Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES) no período em questão os óbitos infantis em Sorocaba se concentraram em bebês com mais de 28 dias e provocados principalmente por doenças respiratórias como broncopneumonia e pneumonia.

Para a SES a TMI deve ser analisada em seus componentes que são: mortalidade infantil neonatal (recém-nascidos com até 28 dias de vida) e após-neonatal. "Assim, no município de Sorocaba, fazendo um comparativo de 2012 com 2013, observou-se que a mortalidade neonatal (bebês que foram a óbito antes dos 28 dias) se manteve", afirma a SES por meio de nota enviada ao Cruzeiro do Sul. Ainda de acordo com a nota, este componente depende das ações de melhorias ao pré-natal, trabalho de parto, e assistência ao recém-nascido, frentes que foram intensificadas no ano de 2014 pela secretaria.

Outra afirmação da secretaria é que a mortalidade infantil é multifatorial e está relacionada às condições gerais de vida da população, moradia, nutrição, educação, condições sócio-econômicas, culturais e demais fatores correlacionados, além dos serviços de saúde. Por isso, a SES intensificou ações em conjunto com o setor social e demais setores envolvidos. Além disso, foram ampliadas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) com Estratégia da Saúde da Família (ESF). O programa foi implantado em mais cinco UBSs, totalizando 14 unidades com o programa. No total são 44 equipes trabalhando na orientação e atendimento nessas unidades. Até 2013 eram 16 equipes.

Comitê

O resultado negativo com o aumento da TMI em Sorocaba destoa com a queda que havia sido registrada na cidade entre os anos de 2012 e 2013 quando houve queda de 10% no índice. Em 2012 a cidade contabilizou 12,9 óbitos infantis para cada mil crianças nascidas vivas. Para voltar a reduzir os índices também foi ampliada a cobertura de unidades com o Projeto GerAções. "Este projeto, que é mantido através da parceria entre Fundo Social de Solidariedade (FSS), Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e Secretaria da Saúde (SES), oferece atendimento multiprofissional no pré-natal, provendo meios saudáveis de reprodução e potencializando habilidades das mães no cuidado com os filhos com apoio educativo", continua a nota.

De acordo com a SES, o trabalho do Comitê Municipal de Mortalidade infantil tem sido "muito intenso nas maternidades tanto do setor público como privado e nas unidades de saúde da rede", promovendo, ainda segundo a SES, discussões e revisão sistemática dos processos de trabalho. Também foram realizadas orientações sobre doenças respiratórias, com ênfase na coqueluche desde a maternidade, através de folheto educativo, além de treinamentos para profissionais da saúde sobre doenças respiratórias. Com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil em todos seus componentes são fatores importantes: o incentivo ao aleitamento materno, ampliação da cobertura de vacinação, monitoramento dos bebês que passam nas Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) ou de Pronto Atendimento (PAs), reforçando a importância de vigilância, com orientações, intervenção precoce, reforçando o vínculo mãe e bebê e equipe da UBS.


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