Paciente não é atendido na Santa Casa e tem que recorrer a clínica particular

Um homem teve que recorrer a uma clínica médica particular após não conseguir atendimento na Santa Casa de Misericórdia de São Roque. Darci Donizete Ramos chegou ao hospital às 6h18 da manhã de terça-feira, dia 18, e ao procurar atendimento os funcionários haviam afirmado que a instituição estava passando por uma troca de plantão e que o mesmo deveria esperar para ser atendido. O serralheiro afirma que sentia um grande desconforto em um dos olhos, que se encontrava bastante inchado no momento.

 “Aguardei até as 08h30 e quando fui verificar o motivo da demora me informaram que ainda não tinha um médico. Fiquei tão indignado que fui até a delegacia de policia, registrar um Boletim de Ocorrência”, afirma Darci.

Sem encontrar atendimento no sistema básico de saúde, o paciente teve que procurar por uma clinica particular em busca de tratamento, arcando com os custos necessários para retirar o corpo estranho que se encontrava em seu olho.

A demora no atendimento da Santa Casa não é uma novidade e a instituição tem recebido diversas reclamações sobre o ocorrido, inclusive de alguns vereadores. “Estive na Santa Casa, na quinta-feira, sexta-feira e hoje. Nós estamos com uma situação crítica na Santa Casa. Ultimamente está faltando remédio e as pessoas estão esperando muito tempo no corredor, esperando horas para serem atendidas. São seres humanos que estão ali e que precisam de cuidados e fico triste por isso”, afirmou o Vereador Luis Gonzaga de Jesus em sua passagem pela tribuna durante a última Sessão Ordinária realizada na Câmara dos Vereadores.

Em depoimento ao Jornal da Economia, o Diretor do Departamento de Saúde de São Roque, Dr. Sandro Rizzi, afirmou que neste dia em especifico, a equipe que se encontrava de plantão estava atendendo alguns casos na enfermaria. A equipe de três profissionais que iria assumir o plantão acabou enfrentando problemas no trajeto para a Santa Casa. “Os três acabaram ficando presos no trânsito entre São Paulo e São Roque. Pode ser que tenha ocorrido uma falta de comunicação, pois um dos médicos que se encontrava no hospital poderia ter sido avisado, porém o que nos foi informado é que não existia nenhum caso grave e que exigisse urgência no tratamento”, completa o médico.

O diretor também afirma que, mesmo neste caso, o hospital não estava desguarnecido e que os enfermeiros têm a capacidade de avaliar a gravidade dos quadros e se necessário alertar os médicos e que se este fosse o caso de Darci, este teria sido atendido em caráter emergencial.