28/11/2014 às 10h39min - Atualizada em 28/11/2014 às 10h39min

Caso de jovem que morreu de Meningite não traz risco à região

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Divulgação
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Divulgação

Segundo informações dos órgãos epidemiológicos de São Roque, Mairinque e Alumínio, a morte de uma garota de 13 anos por meningite não traz riscos de epidemia para os municípios da região. A jovem residia em Alumínio e estudava no Colégio Aliança, em Mairinque, porém foi atendida primeiramente em São Roque e veio a falecer da doença no dia 6. O caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde de Mairinque no dia 14.

Segundo Luiz C. Pinheiro, coordenador da vigilância epidemiológica de Mairinque, o caso foi acompanhado juntamente com o GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) de Sorocaba e do Município de Alumínio. Os primeiros exames sobre o caso da paciente, realizados no Instituto Adolfo Lutz, descartaram a Meningite Meningocócica (tipo mais grave da doença) e as últimas análises fecharam o diagnóstico como uma meningite causada por pneumococos, uma variação da doença menos agressiva e com menos chance de disseminação. Como os exames detectaram este tipo de agente infeccioso, não houve necessidade de bloqueio vacinal ou quimioprofilaxia (bloqueio viral) com antibióticos para as pessoas que tiveram contato com a jovem. Sendo assim, Luiz afirma que o evento foi controlado e não traz riscos a região.  “Não há motivo de preocupação, o município teve dois casos suspeitos de meningite, mais logo foi descartado pelos exames laboratoriais. Não vai haver surto na cidade de Mairinque e nem em outras cidades”, completa em nota.

A opinião é compartilhada pelo Coordenador da Vigilância Epidemiológica de São Roque, Francisco José da Cruz Neto. Segundo Francisco, o caso da garota foi totalmente atípico, pois embora os profissionais da área de saúde tenham detectado a doença e iniciado um tratamento, o quadro teve uma evolução súbita, o que a levou a morte. Segundo o coordenador, todas as medidas de controle foram tomadas pelo hospital que atendeu a garota e a população não deve se preocupar, apesar da visão geral que as pessoas têm sobre a doença. “Meningite é uma palavra que, por si só, gera um potencial de pânico muito grande. A população em geral não compreende que a doença tem vários graus de severidade e não tem necessariamente um potencial de explosão epidemiológica. No caso desta garota, o risco para São Roque é baixíssimo. Era uma residente de Alumínio, que estudava em Maririnque e que foi atendida em São Roque”, afirma o coordenador ao explicar que o tipo de meningite da paciente não necessitava de qualquer tipo de bloqueio.

Francisco também lembra que a meningite não é facilmente transmitida, embora o contágio seja por via aérea, sendo necessário um contato muito próximo com o portador ou com secreções do mesmo. No entendimento do profissional, as pessoas que teriam mais possibilidades de contagio seriam os profissionais de saúde atenderam a jovem, mas estes se utilizam de equipamentos de proteção.

Segundo o coordenador, desde 2010, 23 casos da doença foram registradas no município e nos últimos dois anos não há casos confirmados em residentes de São Roque. Francisco também ressalta que independente da falta de riscos, diversas infecções podem ser evitadas com hábitos simples de higiene, como lavar as mãos e tossir no antebraço.

Em nota enviada ao portal G1, a Prefeitura de Alumínio informou que o caso é o único registrado neste ano envolvendo uma moradora da cidade. Por meio de nota, orienta a população para, em caso de dúvidas com relação à doença, procurar um Centro de Saúde mais próximo.


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