19/11/2014 às 16h33min - Atualizada em 19/11/2014 às 16h33min

Marta Suplicy pede demissão do Ministério da Cultura, retoma cadeira no Senado e avaliará “condições” para permanecer no PT

Da Redação: Gabriele Pinho com informações do G1 - Foto: Reprodução / Internet
Da Redação: Gabriele Pinho com informações do G1 - Foto: Reprodução / Internet

Na última terça-feira, 11, Marta Suplicy (ainda Ministra da Cultura), entregou sua carta de demissão ao Palácio do Planalto. No texto a petista fez críticas indiretas à condução da política econômica no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

A ministra demissionária escreveu no documento protocolado na Casa Civil esperar que, em seu segundo governo, Dilma escolha uma equipe econômica que “resgate a confiança e credibilidade” da atual administração. Segundo ela, os novos comandantes da economia, “acima de tudo”, devem estar comprometidos com o crescimento do país.

A saída da ex-prefeita paulistana é a primeira mudança no primeiro escalão de Dilma depois da eleição presidencial. Marta chefiava a pasta da Cultura desde Setembro de 2012. Com a decisão de deixar a Esplanada dos Ministérios, Marta Suplicy retomou sua cadeira no Senado, que eleita por São Paulo, tem seu mandato até 2018.

Questionada sobre a possibilidade de deixar o PT e filiar-se ao PMDB, Marta diz que avaliará as “condições” para decidir se fica no partido. “Eu tenho que avaliar as condições do partido [PT], como que o partido vai se repensar, como que vão ser as condições”, afirmou, acrescentando que o tema não representa “uma preocupação neste momento”.

Leia abaixo a íntegra da carta de demissão de Marta Suplicy:

Brasília, 11 de novembro de 2014.
À Excelentíssima Senhora Presidenta da República Dilma Rousseff,

Presidenta Dilma,
Agradeço a honra a mim concedida com o convite para ser Ministra de Estado da Cultura do Brasil nos últimos dois anos de seu governo. Encerro hoje a presente etapa com minha missão cumprida, razão pela qual apresento meu pedido de demissão.
Ao lado de minha valorosa equipe, à qual sou muito grata, tivemos a possibilidade de construir caminhos e encaminhar soluções para nossas sete importantes instituições e fundações coligadas, assim como também pudemos apresentar um país diferente no exterior.
Em meio a inúmeras demandas e carências orçamentárias do Ministério da Cultura, focamos nosso trabalho em valores que nos são preciosos: inclusão da população na produção de cultura e ampliação do acesso aos bens culturais.
Para que o legado de Vossa Excelência viesse a ser sólido, nos dedicamos a viabilizar a aprovação, com êxito, de um conjunto de leis por anos pendentes no Congresso, que possibilitaram criar a coluna vertebral de políticas de Estado da Cultura.
Em dois anos aprovamos o Sistema Nacional de Cultura, o Vale-Cultura, a Lei da Cultura Viva, o Marco Civil da Internet, a Lei de fiscalização do Ecad, a PEC da Música, além de ter enviado à


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