O dançarino são-roquense Leonardo Araújo, de 15 anos, conquistou o posto de 1° Solista Jr. Regional no Festival Promodança, um dos eventos de dança mais importantes do país. A conquista o transforma no representante regional do evento no interior, uma honra ainda inédita para um artista da região.
Leo começou sua trajetória na dança ainda criança e já vinha se destacando em competições, algumas de cunho internacional como o Festival Passo de Arte e o famoso Festival de Dança de Joinville. Mas foi durante a Promodança, realizado em julho, em Barra Bonita, que Leonardo deu um passo importante em sua carreira. Foram dois dias de competição, onde teve que realizar performances em diversos estilos musicais e ao final, conseguiu conquistar o posto de 1° Bailarino, um fato raro no evento. “A Promodança não costuma classificar um bailarino novato como 1° Bailarino. Geralmente é uma evolução gradual, onde os dançarinos passam para Demi Solista (pequeno solista), depois para Solista, finalizando como 1° Bailarino e o Leo pulou estas etapas”, afirma Ana Lucia Indini, professora de dança e proprietária do Granpas Estudio de Dança, localizada na Rua Loja Maçônica Laboa n°6, no Jardim Brasil.
O dançarino começará a representar o evento em competições e festivais da região e segundo Ana Lucia, com esta conquista é muito provável que em um futuro próximo ele passe para festivais internacionais e receba convites de companhias fora do Brasil.
Segundo a professora, esta vitória de um de seus estudantes é importante, pois leva o nome de um dançarino do município para o âmbito internacional e mostra que a dança pode dar um futuro a jovens de talento e que levem a modalidade a sério. Leonardo mantém uma rotina de treinamentos intensa, com trabalhos matutinos na academia Molhação, que o apóia desde o inicio, estudos à tarde e treino que vão até as 11 da noite. Ana Lucia afirma também que São Roque tem potencial para ser grande na dança, desde que professores competentes incentivem seus alunos e que as pessoas passem a ver a modalidade de forma diferente. “É necessário que tiremos este pré-conceito que existe entre a dança e a opção sexual de cada um, pois uma coisa não tem nada a ver com a outra”, afirma ao comentar que um de seus alunos já chegou a apanhar por seguir o caminho da dança.