03/06/2014 às 15h43min - Atualizada em 03/06/2014 às 15h43min

Alunos produzem vinho artesanal em oficina de empreendedorismo

O projeto tem como objetivo estimular o aprendizado dos alunos e a vontade de ter uma profissão

Despertar a vontade dos alunos de ter uma profissão, de ser empreendedor, além de estimular a conhecer a história e produzir a bebida que representa a idade de São Roque, foi um dos objetivos do projeto de Produção de Vinho Artesanal com os alunos do 3º ano fundamental da escola Emeif - Bruno Francisco Chiarato, administrado pelo professor Caius Vinicius Valverde de Lima.

O projeto, que faz parte da Oficina de Empreendedorismo, começou com a pergunta “O que você quer ser quando crescer?”. Motorista, professor, médico veterinário, essas foram algumas das respostas ouvidas pelo professor, que resolveu instigá-los ainda mais, perguntando se eles não gostariam de criar um negócio próprio.

Pelo município ter uma rica bagagem histórica pela produção de vinho e a escola, coincidentemente, estar localizada na Estrada do Vinho, ensinar os alunos a produzir artesanalmente a bebida, abordando desde o conteúdo histórico, empreendedorismo, criação de uma vinícola fictícia, marketing, slogans e até a produção de propagandas, pareceu interessante para o professor Caius Valverde. “Todos sabiam por que a cidade de São Roque é conhecida pelo vinho, mas não sabiam como era feito. Foi uma forma de trazer o que é abstrato para eles, que não têm alcance, e tornar mais palpável”, conta.

Todos os alunos se envolveram com o projeto, que está em desenvolvimento, “mas eles já estão conscientizados que não vão tomar o vinho depois que o processo terminar”, brinca o professor. A escola desde o início recebeu de forma convidativa a ideia do trabalho. “Uma ação importante foi deixar claro quais eram as metas a serem alcançadas. A educação no Brasil sempre foi muito subjetiva e nós aqui tentamos transformar a subjetividade em algo objetivo. Temos metas claras e todas elas são voltadas para a aprendizagem das crianças.”, ressalta a diretora da escola, Ana Rosa Fonseca.

Valverde diz que desenvolver este tipo de trabalho estimula e muito o aprendizado dos alunos, e que não se deve subestimar a inteligência deles. “O principal problema do magistério atualmente é se prender apenas em apostilas e livro didático. Eu procuro sempre transcender aquilo que o livro didático oferece”.

Como ponto negativo, o professor lamenta que a Educação não seja tão bem assistida como deveria. “Às vezes não se tem subsídios suficientes para que as pesquisas evoluam”. E, apesar do espaço físico da escola ser pequeno, se orgulha de ter conseguido realizar o trabalho. Já Ana Fonseca conta que é preciso maior divulgação dos projetos realizados nas escolas, “afinal, temos muitas coisas boas em nossa cidade.”


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