Passados mais de quatro meses desde o desabamento do Talude localizado no km 53 da Rodovia Raposo Tavares, a situação no local já começa a voltar ao normal. As obras de reconstrução do novo paredão seguem no ritmo esperado e devem estar concluídas até o final do ano, segundo informações da ViaOeste. Entretanto algumas perguntas ainda se mantém: Qual foi a causa do desabamento do talude? Quem é o responsável pelo ocorrido? Quem irá pagar a família pela casa que ficou condenada?
Infelizmente estas são uma perguntas que continuam sem resposta. Após o acidente a causa mais provável levantada sobre o desabamento do talude é de que o caso teria ocorrido por conta de uma infiltração de água na armação. Um dos indícios que reforçam esta teoria é de que testemunhas que passavam pelo local momentos antes do desabamento afirmavam que viram agua e lama vazando da estrutura para a pista, fato que teria feito carros escorregarem causando um acidente envolvendo três veículos.
Após o ocorrido, onde foi constatado que não houve vítimas diretas, a SABESP E VIAOESTE realizaram estudos no local para tentar determinar a causa do desabamento. Ao ser questionada pela nossa reportagem, a concessionária afirmou que o laudo contratado por ela aponta como causa provável do desabamento “um cenário de vazamento das tubulações da rede de fornecimento de água”, que é de responsabilidade da SABESP.
Entretanto, ao questionarmos a SABESP sobre o caso, a companhia afirmou que a “perícia contratada identificou que a tubulação da empresa não foi responsável pelo desabamento”. Segundo a SABESP o resultado já foi apresentado formalmente, entretanto apesar de ser questionada sobre o caso a mesma não afirmou qual foi a causa do desmoronamento do talude, se o mesmo não ocorreu por conta de vazamento na rede de distribuição de água.
A ViaOeste afirmou que já respondeu a SABESP retificando seu posicionamento sobre as causas do desmoronamento, gerando um jogo de “empurra - empurra” que não deve acabar tão cedo.
Uma situação que precisa ser definida, para que o responsável possa arcar com os prejudicados indiretos do ocorrido, como o caso da família que ficou desabrigada quando sua casa foi interditada pelas rachaduras após o deslizamento e por se localizar ao lado do talude que desabou. A família tem sido amparada pela SABESP desde então, entretanto alguém terá que arcar com os prejuízos da família com relação a moradia.
Segundo a Prefeitura de São Roque, a casa continua interditada até a conclusão da obra de contenção. “Após o termino da obra, será feita outra vistoria para saber a situação do imóvel, se a mesma será reparada ou condenada”, informa a administração municipal.
Para a administração municipal, a informação de que a queda do talude ocorreu por um vazamento na tubulação de água, ainda se mantém .