14/11/2017 às 09h00min - Atualizada em 14/11/2017 às 09h00min

Um alerta no Dia Mundial do Diabetes

Ações educativas vão acontecer em todo o Brasil nesta terça-feira para conscientizar e realizar exames gratuitos para a população

O dia 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes, das 10h às 16h, a Sociedade Brasileira de Diabetes/Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia vão realizar ações gratuitas para conscientizar a população sobre esse problema, que atinge 14,3 milhões de pessoas em todo o Brasil.. Hoje, o País já é o quarto do mundo em número de pessoas acometidas pelo problema.

O alerta nacional é para colocar em foco o diabetes, e principalmente poder diagnosticar precocemente, tratar e dar a atenção e assistência a pacientes com diabetes. “Queremos mobilizar todos para uma grande causa e mostrar que diabetes demanda uma maior atenção, já que milhões de pessoas convivem com o problema e muitas vezes não sabem que têm”, diz Márcio Krakauer, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes.

A campanha Dia Mundial do Diabetes já tem 26 anos e nesse ano retoma com força sobre saúde da mulher. O objetivo é divulgar a todos os interessados a importância de se colocar em discussão um problema de saúde pública tão importante e que demanda uma maior atenção por parte da grande população

Entenda o diabetes

Diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, resultante de defeitos na ação da insulina na secreção de insulina ou em ambas. Em resumo, é a elevação da glicose no sangue. Os alimentos sofrem digestão no intestino e se transformam em açúcar, chamada glicose, que e absorvida para o sangue. A glicose no sangue é usada pelos tecidos como energia. A utilização da glicose depende da presença de insulina - substância produzida nas células do pâncreas. Quando a glicose não é bem utilizada pelo organismo ela se eleva no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.

Existem basicamente quatro tipos de diabetes e todos dependem de tratamento para o controle da doença.

 Diabetes tipo 1

É também conhecido como diabetes insulinodependente e tem o idiopático (tipo 1A e autoimune (tipo 1B), Diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1, embora ocorra em qualquer idade, é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens.

 Diabetes tipo 2

É chamado de diabetes não insulinodependente e temos alguns tipos específicos e o gestacional. É o diabetes do adulto e corresponde a aproximadamente 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade também seja visto com maior frequência em adultos jovens, em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse da vida urbana. No diabetes tipo 2 encontra-se a presença de insulina, porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de hiperglicemia. Por ter poucos sintomas, o diabetes, na maioria das vezes, permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro entre outros órgãos.

Sintomas de Diabetes

 Aproximadamente metade dos portadores de diabetes tipo 2 desconhecem sua condição, uma vez que a doença apresenta poucos sintomas. O diagnóstico precoce do diabetes é importante, pois o tratamento evita complicações. Quando presentes os sintomas mais comuns são: urinar excessivamente, inclusive acordar várias vezes à noite para urinar, sede excessiva, aumento do apetite, perda de peso – em pessoas obesas a perda de peso ocorre mesmo estando comendo de maneira excessiva, cansaço, vista embaçada ou turvação visual e infecções frequentes, sendo as mais comuns às infecções de pele.

 No diabetes tipo 2 esses sintomas quando presentes se instalam de maneira gradativa e, muitas vezes, podem não ser percebidos pelas pessoas. Ao contrário no diabetes tipo 1, os sintomas se instalam com rapidez, em especial urinar de maneira excessiva, sede excessiva e emagrecimento. Quando o diagnóstico não é feito aos primeiros sintomas os portadores de diabetes tipo 1, podem até entrarem em coma, ou seja, perderem a consciência, uma situação de emergência e grave. Quaisquer que sejam os sintomas, um médico deve ser procurado imediatamente para realização de exames que esclarecerão o diagnóstico.

Quem pode ter diabetes

A maioria, próximo a 90% dos portadores de diabetes, é do tipo 2, pouco sintomática, podendo passar despercebida e retardar portanto o diagnóstico, tratamento e favorecer a ocorrência de complicações. A presença de uma ou mais das seguintes condições sugerem a possibilidade da presença de diabetes: familiares próximos portadores de diabetes, idade maior que 45 anos, excesso de peso ou obesidade, pressão alta, colesterol elevado e mulheres com antecedentes de filhos nascidos com mais de 4kg.


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