10/11/2017 às 13h10min - Atualizada em 10/11/2017 às 13h10min

Pacientes com Alzheimer contarão com novo medicamento no SUS

A nova substância, Memantina, estará disponível para casos graves e moderados da doença. Dados indicam que 1/3 da população idosa sofrem com o Alzheimer

- Foto: Clinilive
- Foto: Clinilive

Os pacientes que sofrem com o Alzheimer terão mais uma opção de tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento “Memantina” foi incorporado nesta quinta-feira (9/11), pelo Ministério da Saúde e estará à disposição da população em até 180 dias nas unidades de saúde do país. O novo fármaco, que será ofertado em comprimidos, proporcionará melhor qualidade de vida dos pacientes com esta doença, que afeta um terço da população idosa.

A decisão da oferta do medicamento no SUS ocorreu após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) em julho deste ano. “A incorporação é uma luta antiga de representantes e pacientes que sofrem com a doença. É uma conquista significativa que influenciará favoravelmente na qualidade de vida dos doentes e cuidadores”, afirmou Marco Fireman, Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

O mal de Alzheimer atinge 33% da população com mais de 85 anos de idade. No Brasil, estima-se que haja 1,1 milhão de pessoas com a doença.  O Alzheimer é neurodegenerativo, causado pela morte progressiva de células do cérebro, prejudicando funções como memória, atenção e orientação e linguagem, o que gera graves consequências para qualidade de vida dos pacientes.

TRATATAMENTO - O Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas sobre a Doença de Alzheimer foi criado em 2002 e atualizado em 2010 e 2013. O documento estabelece o tratamento multidisciplinar e deve envolver os diversos sinais e sintomas da doença.

Apesar de não ter cura para a doença de Alzheimer, o tratamento e o cuidado adequados nos diversos pontos de atenção Rede SUS podem proporcionar uma maior sobrevida e mais qualidade de vida. O tratamento proporciona alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença, proporcionando mais autonomia e independência funcional pelo maior tempo possível.

Por isso a importância do trabalho multidisciplinar ofertados nos serviços especializados em reabilitação, com a presença de fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e suporte psicológico e familiar, buscando evitar e/ou retardar a perda das funcionalidades e habilidades cognitivas. Tais serviços são ofertados na Rede SUS nos Centros Especializados em Reabilitação. Atualmente, o Brasil conta com 139 Centros Especializados em Reabilitação habilitados pelo Ministério da Saúde para realizar diagnóstico e ofertar o tratamento.


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