As obras de reforma que ocorrem neste momento no antigo PA (Pronto Atendimento) da Santa Casa de São Roque devem trazer mudanças na estrutura de atendimento dos pacientes de SUS e Convênio. As obras iniciadas no início de julho seguem em ritmo acelerado e, segundo a irmandade, tem previsão deconclusão para o final do ano, em um trabalho realizado inteiramente com patrocínios. “A Igreja Adventista de São Roque está doando os projetos arquitetônico, hidráulico, elétrico e toda a mão de obra, sendo que os empresários estão doando todo o material necessário, parceiros que acreditam na gestão administrativa da Irmandade da Santa Casa”, afirmou a administradora da Santa Casa, Marcia Aparecida Cruz.
De acordo com a Santa Casa, a obra é necessária pois o sistema empregado após as reformas realizadas pela FENAESC, durante a intervenção, estariam em desacordo com Normas Técnicas, não contando com aprovação pela Vigilância Sanitária e alvará sanitário ou de funcionamento expedidos pela Prefeitura Municipal. Além destes problemas, invisíveis a olhos não treinados, os trabalhos no antigo PA procuram solucionar outro grande problema muito mais óbvio, já que a estrutura do atual Pronto Atendimento recebe todo tipo de paciente, independente do seu nível de gravidade. “Opaciente, por mais leve que seja seu problema de saúde, é obrigado assistir cenas de pacientes acidentados em estado grave que passam pela frente da Recepção e da Sala de Espera, quando deveria ter uma Entrada pelos Fundos do P.A., o que vai ocorrer com a Reforma do Novo P.A”, afirmou Marcia Cruz.
Entretanto, a nova reforma deve trazer uma divisão no atendimento entre pacientes SUS e de Convênio, como já ocorria no hospital antes da intervenção, o que tem gerado preocupação da população se haverá também uma queda no nível de qualidade do atendimento dos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde.
Com relação a isso a irmandade afirma que, sendo instituição privada, pode executar os serviços que achar convenientes, desde que destine recursos próprios, e para obter receita deve abrir serviços distintos, atendendo convênios e particulares em área específica, como ocorria antes da FENAESC. “O ideal é que tenhamos duas portas de entrada: SUS e Convênios/Particulares, pois é uma obrigatoriedade, já que não podemos utilizar recursos públicos. O PA é mantido pela Prefeitura, portanto, as receitas (recurso financeiro), não podem ser desviadas para outra atividade, inclusive hoje as despesas são rateadas entre a Prefeitura e a Irmandade”, afirma a administradora.
Entretanto as reformas no antigo PA trarão grandes mudanças, pois além de atenderem a todos os requisitos sanitários e alvarás de funcionamentoterá um fluxo de atendimento idealcomo entrada para pacientes com menor gravidade e porta exclusiva para os atendimentos via resgate. “Contará com isolamento respiratório adequado, salas amplas para medicação, soroterapia/inalação, e a novidade será a implantação de uma sala de radiologia exclusiva. Bem como ampla sala de emergência e outra para manter o paciente após os primeiros cuidados. Também terá salas de observação adulto e infantil. Isto tudo visa atender os pacientes com conforto e segurança”, finalizou Marcia.
A administração da irmandade afirma que as reformas devem trazer benefícios a todos, tanto pacientes conveniados, quando os atendidos pelo sistema público, sem perdas na qualidade do atendimento ou de serviços a população que não dispõe de um plano de saúde. Enquanto as obras não se concluem e vemos na prática o andamento dos trabalhos, a irmandade continua a se recuperar de um passado negro e que, se espera, poderá ser esquecido com o tempo.