Saúde Mental promove ações para lembrar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial

 A equipe de coordenação do programa Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Cotia promove dois eventos na próxima semana para comemorar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio. Dia 16, das 13h às 15h, na Câmara Municipal, será exibido o filme “Nise, o coração da loucura”, estrelado por Glória Pires, baseado na história da psiquiatra Nise da Silveira, que por meio de estudos, pesquisas e publicações contribuiu para a adoção de novas propostas de tratamento de pacientes com transtornos mentais. Em seguida ocorrerá um debate sobre o tema. O evento é aberto à população e contará com as presenças de profissionais e usuários dos serviços prestados pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da cidade.

No dia 18, uma quinta-feira, a partir das 10h, ocorre uma caminhada que sairá do CAPS Álcool e Drogas (CAPS AD), situado à Rua Adolfo Eugênio Barsotine, 140, passará pelos CAPS Adulto e Infantil, situados nas proximidades, e se encerrará em frente à Prefeitura com uma ação cultural baseada em apresentação musical, teatro e exposição de arte. Também participarão do evento as equipes dos programas “CRAC é possível vencer”, da Guarda Municipal, e “Atravessando a Passarela”, desenvolvido pelo CAPS AD.

A comemoração da data surgiu a partir do Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, realizado em Bauru, em 1987, com o lema “Por uma sociedade sem manicômios”, em que denunciavam-se abusos e violação de direitos humanos sofridos pelos usuários da saúde mental nos  manicômios. Lutava-se pelo fim desse tipo de tratamento e pela instalação de serviços substitutivos.

Uma das conquistas desse movimento foi a Lei 10.216/2001, que determina o fechamento progressivo dos manicômios e a implantação desses serviços. Desde então, o Brasil tem os CAPS, as Residências Terapêuticas, Programas de Redução de Danos, Centros de Convivência e as Oficinas de Geração de Renda.

A caminhada em Cotia acontece desde 2009 e tem como objetivo provocar alertas sociais, principalmente no que tange às relações de estigma e exclusão social, que historicamente se estabeleceram para com as pessoas que vivem e convivem com os transtornos mentais.