20/03/2017 às 14h44min - Atualizada em 20/03/2017 às 14h44min

Imprudência é a principal causa de acidentes com motociclistas no Sistema Castello-Raposo

Mesmo representando menos de 10% do tráfego nas rodovias do sistema, os motociclistas se envolveram em 32% dos acidentes registrados em 2016

A CCR ViaOeste, empresa que integra o Programa de Concessão de Rodovias do Estado de São Paulo, realizou estudo inédito sobre o perfil dos acidentes no Sistema Castello-Raposo e verificou que os motociclistas representam 49% (1.132) do total de feridos em 2016. A conclusão da concessionária é que o comportamento imprudente nas rodovias, especialmente nos trechos com característica urbana, é o principal motivo.

Diariamente, cerca de 26 mil motociclistas passam pelo Sistema Castello-Raposo, a maior concentração desta categoria em um trecho rodoviário no Estado. Mesmo representando menos de 10% do tráfego total de veículos no Sistema, os motociclistas se envolveram em 32% (1.027) dos acidentes registrados pela concessionária em 2016. Como consequência, os motociclistas representam 26% (10) do total de fatalidades no ano passado. Em 2015, os motociclistas se envolveram em 32% (1.079) dos acidentes registrados no ano, representando 52% (1.156) dos feridos e 32% (12) das fatalidades. Mesmo com a redução de 5% dos acidentes, 17% das fatalidades e 2% no total de feridos, no comparativo 2016 contra 2015 - devido ao trabalho ativo da CCR ViaOeste em infraestrutura e educação e a parceria com a Polícia Militar Rodoviária - a concessionária alerta para a questão do comportamento.

“Ao avaliarmos o perfil destes motociclistas envolvidos nos acidentes, verificamos que 38% deles tem entre 28 e 37 anos. Além disso, cerca de 45% tem mais de 10 anos de habilitação, e 6% tem menos de 1 ano. Engana-se quem pensa que os acidentes acontecem somente com os mais jovens ou inexperientes”, afirma Carlos Costa, gestor de Atendimento da CCR ViaOeste.   Segundo ele, menos de 10% dos acidentes aconteceram em condições climáticas adversas. Outro ponto importante é que mais de 70% das ocorrências foram registradas entre 8h e 18h.

Segundo Carlos, ao analisar os registros das ocorrências, que contam com a análise das câmeras de monitoramento, além de depoimentos dos próprios motociclistas e de outros envolvidos nos acidentes, pode-se concluir que a grande maioria dos casos acontecem devido à imprudências. “O ambiente rodoviário exige ainda mais cuidados do motociclista, especialmente onde há o maior fluxo de veículos. A falta de atenção durante a condução, o excesso de velocidade, o trafegar pelo corredor de veículos, além da falta da manutenção da distância segura dos outros veículos são somente alguns dos equívocos ao pilotar”, ressalta o gestor.  “Além disso, a motocicleta, assim como qualquer outro veículo, deve trafegar na faixa de rolamento. Usar o ‘corredor’ e não respeitar as distâncias corretas de segurança dos outros é uma infração grave, que acarreta em cinco pontos na CNH”, frisa Carlos.

Desde o início da concessão, a CCR ViaOeste trabalha diretamente por meio de seu Programa de Redução de Acidentes (PRA), pactuado com a Artesp, para reduzir as ocorrências no Sistema Castello-Raposo. Além de analisar os acidentes no trecho administrado, para subsidiar o entendimento por melhorias físicas e operacionais, a concessionária realiza programas educativos para sensibilizar todos os usuários sobre a importância da condução segura. Além disso, a CCR ViaOeste subsidia a Polícia Militar Rodoviária com estudos para apoiar seu processo de fiscalização.

Redução de acidentes no Sistema Castello-Raposo

Como resultado deste trabalho, a concessionária registrou em 2016, pelo terceiro ano consecutivo, a redução do Índice de Acidentes no Sistema Castello-Raposo. Nos últimos 3 anos, a redução foi de 9%, já ponderando que, no período, o volume de tráfego se manteve praticamente estável. Atualmente, cerca de 600 mil veículos trafegam diariamente pelo trecho.

Na mesma base de avaliação, o índice de mortos reduziu 40,6% e o de feridos 5,3%. Em números absolutos, os acidentes caíram de 3.418 (2013) para 3.158 (2016); os feridos de 2.405 (2013) para 2.310 (2016); e o de mortos de 59 (2013) para 38 (2016). Com o resultado, a concessionária manteve o mesmo patamar do recorde alcançado em 2015, quando registrou o menor total de mortos (37 ocorrências), desde 1999, primeiro ano completo após assumir a concessão do Sistema Castello-Raposo. Em 2015, a concessionária registrou 3.332 acidentes e 2.221 feridos.

Dicas para evitar acidentes

· Evite trafegar no corredor, especialmente em velocidades superiores ao tráfego dos demais veículos, realizando ultrapassagens. Ao trafegar no corredor, o motociclista fica muito próximo dos veículos ao lado, tendo quase nenhuma chance de reação no caso de alguma mudança de direção do outro motorista, por qualquer que seja o motivo. Além disso, quando trafega no corredor, o motociclista se expõe por mais tempo aos “pontos cegos” dos veículos do que se estivesse trafegando sobre a faixa;

· Respeitar a velocidade regulamentada, especialmente nas alças de entrada e saída.

· Evitar trafegar em velocidade superior a velocidade do tráfego, visto que a motocicleta é um veículo menor e mais frágil que os demais veículos;

· Manter distância segura dos demais veículos. O potencial de frenagem das motos é menor se comparado com os demais veículos. Desta forma é necessário manter distância segura e velocidade compatível para ter tempo de reagir caso necessário;


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